O Ibovespa voltou a bater um recorde histórico nesta segunda-feira (18/12), ao registrar alta de 0,68%, aos 131.084 pontos. Na quinta-feira (14/12), o principal índice da Bolsa brasileira (B3) havia alcançado a marca de 130.842 pontos, o maior patamar desde 7 junho de 2021, quando chegou a 130.776. A comparação, preparada pelo consultor de dados do mercado Einar Rivero, é nominal. Ou seja, não considera o efeito da inflação.
Para alguns analistas, o novo recorde pode ser superado ainda neste ano. “Se não tivermos nenhum evento imprevisto e relevante, acredito que o mercado vai continuar subindo nos pregões finais de 2023”, diz Leandro Petrokas, diretor da empresa de análises Quantzed. “Os estrangeiros seguem trazendo recursos para o Brasil.”
A euforia encorpou no mercado de capitais na semana passada com a perspectiva do fim do ciclo de alta de juros nos Estados Unidos. Na quarta-feira (13/12), o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) manteve inalterada pela terceira vez seguida a taxa vigente no país, que está no intervalo entre 5,25% e 5,50%. Além disso, indicou a ocorrência de cortes em 2024.
A queda dos juros na maior economia do mundo é especialmente favorável às Bolsas de Valores. Isso porque ela reduz a atratividade dos títulos do Tesouro americano, os Treasuries, que estão entre as aplicações mais seguras do planeta, e aumenta o apetite de risco dos investidores por ativos de renda variada, como é o caso das ações.
Pregão forte O pregão desta segunda também deslanchou com o bom resultado das empresas com maior peso no Ibovespa. Os papéis da Vale subiram 0,81% e os da Petrobras, 1,33%. A petrolífera avançou no embalo da alta do petróleo no mercado internacional. O preço do barril do tipo Brent, a referência internacional, avançou 1,83%, cotado a US$ 77,95.
Entre as maiores altas do dia, os destaques ficaram com a Alpargatas, com 6,25%, a Braskem, com 4,37%, e com a PetroRecôncavo, com 4,0%, também puxada pela alta do petróleo. As quedas mais expressivas foram da Casas Bahia, com 7,16%, além da Rumo, com 2,59%, e Klabin, com 2,04%.
Dólar O dólar fechou em queda de 0,65%, cotado a R$ 4,904, nesta segunda-feira. Com isso, a moeda americana acumula recuo de 0,21% no mês e de 7,07% no ano.