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Lula chama Hamas de terrorista, condena ações de Israel em Gaza e critica Conselho de Segurança da ONU

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou nesta quinta-feira, 15, a escalada de ataques na Faixa de Gaza, com críticas a Israel e ao grupo palestino Hamas, além de novos questionamentos sobre a atuação do Conselho de Segurança da ONU. Em declaração a jornalistas após reunião bilateral com o presidente do Egito, Abdel Fattah Al-Sisi, o mandatário brasileiro citou o conflito entre Rússia e Ucrânia no Leste Europeu e disse não conseguir encontrar explicações sobre a dificuldade da ONU (Organizações das Nações Unidas) de evitar que as guerras aconteçam: “É lamentável que as instituições multilaterais que foram criadas para ajudar a solucionar esses problemas, elas não funcionam. Por isso, o Brasil está empenhado, esperamos contar com o apoio do Egito, para que a gente consiga fazer as mudanças necessárias nos órgãos de governança global”, afirmou o presidente brasileiro, defendendo – mais uma vez – a entrada de novos membros do Conselho de Segurança, tema recorrente dos discursos internacionais do mandatário.

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“É preciso que tenha uma nova geopolítica na ONU. É preciso acabar com o direito de veto dos países. E é preciso que os membros do conselho de segurança sejam atores pacifistas, e não atores que fomentam a guerra”, acrescentou. Lula também reforçou que o Brasil condenou “veemente” o Hamas pelo ataque a Israel, em outubro de 2023, e o sequestro de reféns, classificado como “ato terrorista”. Contudo, o mandatário afirmou que não há “nenhuma explicação” para o atual comportamento de Israel. “A pretexto de derrotar o Hamas, estar matando mulheres e crianças, coisa jamais vista em qualquer guerra que eu tenha conhecimento”, disse. Citando as invasões do Iraque e da Líbia como outros episódios em que o Conselho da ONU “não pode fazer nada”, Luiz Inácio pediu que os países tomem uma decisão.

“É urgente estabelecer um cessar-fogo definitivo que permita a prestação de ajuda humanitária sustentável e desimpedida, a imediata e incondicional liberação dos reféns. O Brasil é terminantemente contrário a tentativas de deslocamento forçado do povo palestino. Não haverá paz sem um Estado palestino, convivendo lado a lado com Israel, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas”, completou. No discurso, Lula agradeceu ainda ao presidente Al-Sisi pelo apoio do Egito ao Brasil durante a retirada de cidadãos da Faixa de Gaza e falou sobre o fortalecimento da relação entre os países.

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