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Em discurso hoje pela manhã na fábrica da General Motors, em São Caetano, interior de São Paulo, o presidente Lula disse coisas como:
* O Corinthians está em crise, o São Caetano definitivamente não está e o governo também não;
* Há muitos anos não vivemos um momento de otimismo como agora;
* Será que o que chamam de crise são as eleições que veem aí?
Nada demais que o presidente defenda seu governo das críticas e que tente vender otimismo. Todo presidente procede assim. O perigo está em Lula acreditar no que diz.
As eleições que se avizinham não são a crise. Em um país democrático, eleições são simplesmente eleições. Elas podem ocorrer ou não em meio a crises.
Definitivamente, o país não vive um momento de otimismo. Não pode viver depois que a economia encolheu no ano passado e o desemprego aumentou. Se vivesse, as pesquisas de opinião pública não mostrariam governo e presidente em queda.
O Corinthians está em crise, o São Caetano não está, mas o governo está, sim. A crise do governo é de gestão. Nada ali anda – quando anda.
Falta competência a alguns dos seus quadros mais importantes. E falta competência principalmente nos escalões de baixo.
Ali foram empregados milhares de filiados ao PT somente porque são filiados ao PT. Todos os governos empregam gente indicada pelos partidos que os apoiam e gente nem sempre com talento.
Mas não foi o próprio presidente Lula quem disse mais de uma vez que o PT não pode errar?
Pois errou e está errando feio. Lula conhece os nós do seu governo. Resta saber se irá desatá-los ou se continuará fazendo de conta de que eles não existem.