InícioEditorialPolítica NacionalLula pode incentivar democracia na Venezuela, diz opositora de Maduro

Lula pode incentivar democracia na Venezuela, diz opositora de Maduro

Corina Yoris não conseguiu se inscrever para concorrer às eleições de julho; Itamaraty diz acompanhar a situação

Em 25 de março, Yoris declarou que estava sem acesso ao sistema do CNE (Conselho Nacional Eleitoral) venezuelano e não conseguia realizar sua inscrição para o pleito de 28 de julho reprodução/X @unidadvenezuela – 25.mar.2024

PODER360 30.mar.2024 (sábado) – 20h16

Corina Yoris, candidata à Presidência da Venezuela opositora de Nicolás Maduro, afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode incentivar a volta da democracia no país vizinho. “As declarações recentes de Lula dão apoio à restituição da democracia. Ajudam o regime a dar espaço para a possibilidade de eleições livres”, declarou Yoris.

Em entrevista à Folha de S.Paulo, a candidata disse que a resposta de Caracas em relação ao posicionamento do Itamaraty sobre sua dificuldade para inscrever sua candidatura foi “desrespeitosa em termos de linguagem diplomática internacional”.

“Uma manifestação [do Brasil] desse tipo não é interferência, é atuação para dizer a um governo para não se desviar de certos canais e respeitar certos acordos”, declarou a candidata venezuelana. Corina afirmou que continuará tentando se inscrever para concorrer às eleições. “Não joguei a toalha e acredito que somos muitos os que não jogaram a toalha”, disse.

Em 25 de março, a opositora de Maduro declarou que estava sem acesso ao sistema do CNE (Conselho Nacional Eleitoral) e não conseguia realizar sua inscrição para o pleito de 28 de julho. No dia seguinte, em 26 de março, o Itamaraty divulgou nota em que expressa preocupação com o processo eleitoral do país.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores brasileiro, o impedimento configura uma violação ao Acordo de Barbados, no qual a Venezuela assegura a realização de eleições livres em troca do fim das sanções ao petróleo local.

“O Brasil está pronto para, em conjunto com outros integrantes da comunidade internacional, cooperar para que o pleito anunciado para 28 de julho constitua um passo firme para que a vida política se normalize e a democracia fortaleça na Venezuela”, afirmou o ministério.

A declaração do governo brasileiro desagradou, Caracas que a classificou como “cinzenta e intrometida […] que parece ter sido ditada pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos”.

ELEIÇÕES NA VENEZUELA O Acordo de Barbados foi feito em 2023 pelo governo venezuelano e pela oposição do país com o objetivo da realização de eleições limpas e justas em 2024.

No entanto, antes de Corina Yoris, a ex-deputada María Corina Machado também havia tido seu registro de candidatura negado. A opositora havia vencido disputa interna e indicou Yoris como sua substituta.

Sem ambas as postulantes, o nome da oposição a Nicolás Maduro será Manuel Rosales, atual governador de Zulia. Corina Machado disse que não apoiará Rosales e que seu nome segue sendo Corina Yoris.

NICOLÁS MADURO O presidente da República Bolivariana da Venezuela, Nicolás Maduro Moros, 61 anos, comanda um regime autocrático e sem garantias de liberdades fundamentais. Mantém, por exemplo, pessoas presas pelo que considera “crimes políticos”.

Há também restrições descritas em relatórios da OEA (sobre a “nomeação ilegítima” do Conselho Nacional Eleitoral por uma Assembleia Nacional ilegítima) e da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (de outubro de 2022, de novembro de 2022 e de março de 2023).

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