Paralisação de 24h afeta diversos setores, como transporte terrestre, marítimo, aéreo, instituições educacionais, financeiras e empresas em todo o país
Foto de Luis ROBAYO / AFP
Greve de 24 horas foi convocada pela Confederação Geral do Trabalho (CGT) e conta com o apoio de trabalhadores do Estado, saúde, turismo, estações ferroviárias de Buenos Aires
O presidente da Argentina, Javier Milei, enfrenta nesta quinta-feira (9), a segunda greve geral convocada pelas classes trabalhadoras em protesto contra o ajuste fiscal radical promovido por seu governo. A paralisação afeta diversos setores, como transporte terrestre, marítimo, aéreo, instituições educacionais, financeiras e empresas em todo o país. A greve de 24 horas foi convocada pela Confederação Geral do Trabalho (CGT) e conta com o apoio de trabalhadores do Estado, saúde, turismo, estações ferroviárias de Buenos Aires, entre outros. A CGT acusa o governo de Milei de falta de diálogo social e implementação de um ajuste brutal que afeta principalmente os setores de baixa renda, classes médias assalariadas, aposentados e pensionistas. A Argentina enfrenta uma forte recessão econômica, com inflação próxima dos 290% ao ano. Apesar disso, o país registrou seu primeiro superávit fiscal desde 2008 no primeiro trimestre, após o ajuste fiscal promovido por Milei, que resultou em fechamento de órgãos do Estado, demissões, eliminação de subsídios, aumento de taxas de serviços públicos e queda nos salários e aposentadorias.
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A nova greve foi convocada após uma paralisação de 12 horas em janeiro, seguida por manifestações diárias contra o ajuste do governo. O maior protesto ocorreu em abril, com centenas de milhares de pessoas marchando em defesa da universidade pública, ameaçada pela falta de orçamento. A Presidência argentina estima que a greve afetará 6,6 milhões de pessoas, com cancelamento de quase 400 voos e prejuízo para 70 mil passageiros. Os sindicatos dos trabalhadores portuários de Rosário afirmam que “tudo vai parar”, enquanto pesquisas recentes mostram uma imagem positiva de Milei entre 45% e 50%, com apoio sólido apesar do que é descrito como “o maior ajuste na história da humanidade”.
Publicado por Heverton Nascimento
*Reportagem produzida com auxílio de IA