São Paulo – O Ministério Público de São Paulo (MPSP) pediu a condenação do jornalista Luan Araújo pelos crimes de injúria e difamação pelas supostas ofensas que teria dito à deputada federal Carla Zambelli (PL-SP).
Em petição assinada no dia 6 de maio, obtida pelo portal UOL, o promotor Roberto Bacal deu um parecer favorável à condenação do jornalista. Para ele, “desde o início do desentendimento, houve uma ofensa gratuita e dolosa contra a deputada”.
“Ficou patente que, no dia em que ocorreu o desentendimento, a deputada almoçava em um restaurante com seu filho e um amigo e foi avistada pelo querelado. Sem qualquer provocação contra sua pessoa, ele se direcionou à deputada para lhe dirigir ofensas”, declarou.
Bacal afirmou também que o jornalista, em texto publicado dias depois, atacou a honra de Zambelli, “com um excesso de linguagem”. No artigo, Luan disse que a deputada “segue uma seita de doentes de extrema-direita” e que “segue cometendo atrocidades atrás de atrocidades”.
À Justiça, Luan Araújo disse que não cometeu crime algum com a publicação do artigo, e que apenas exerceu seu trabalho profissional, amparado pela liberdade de expressão.
Sobre a discussão na véspera da eleição, o jornalista negou ter empurrado a deputada, ao contrário do que ela alega. Luan disse que xingou Zambelli ao perceber que ela pedia voto ao recepcionista de um bar, o que originou uma discussão.
O processo ainda não foi julgado.
Relembre o caso Em outubro de 2022, na véspera do segundo turno da eleição presidencial, Luan Araújo foi perseguido por Carla Zambelli após uma discussão. A parlamentar carregava uma arma na esquina da rua Joaquim Eugênio de Lima com a Alameda Lorena, no bairro dos Jardins, na zona oeste de São Paulo.
A deputada foi denunciada pela Procuradoria-Geral da República por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo.
Já Carla Zambelli abriu um processo contra o jornalista na Justiça de São Paulo após um artigo que Luan Araújo publicou após o episódio.
Na ação contra o jornalista, Zambelli disse que as afirmações são ofensivas e irresponsáveis.