O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) decidiu transferir o julgamento do ex-policial penal Jorge Guaranho, réu pelo homicídio do petista Marcelo Arruda, para Curitiba (PR). Até então, o júri ocorreria em Foz do Iguaçu.
Pedido apresentado pela defesa do réu tentava levar o julgamento para a cidade de Cascavel. O TJ-PR, no entanto, escolheu a capital como foro para o júri popular.
O julgamento, iniciado em 4 de abril de 2024, em Foz do Iguaçu, foi suspenso após o abandono do plenário pela defesa de Guaranho. Remarcado para maio, o júri popular foi adiado em função do pedido de desaforamento.
O policial penal bolsonarista Jorge Guaranho é acusado de matar a tiros o guarda municipal Marcelo Arruda, tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu, em julho de 2022.
O crime ocorreu durante a festa de aniversário de Arruda, na frente de família e amigos. A comemoração tinha como tema o PT, uma vez que o guarda municipal era apoiador do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O autor do crime, o policial penal Jorge José da Rocha Guaranho, teria passado de carro na frente da festa e gritando “aqui é Bolsonaro”. Houve uma breve discussão e o agente penal ameaçou voltar posteriormente. Guaranho reapareceu no local por volta das 23h com uma arma e atirou em Arruda, que revidou, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Em março, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, demitiu o policial penal Jorge José da Rocha Guaranho. A demissão se deu no âmbito de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) instaurado para apurar a atuação do agente