Exame foi realizado em 228 cidades do Brasil e teve mais de dois milhões de candidatos inscritos disputando uma das 6.640 vagas disponíveis em 21 órgãos do governo federal, com salários que podem chegar a R$ 22,9 mil
Ricardo Stuckert/PR
Lula visitou sala de situação criada para monitorar aplicação de provas do ‘Enen dos Concursos’
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou há pouco que a primeira edição do Concurso Público Nacional Unificado (CNU), realizado neste domingo (18), supre uma deficiência de mais de dezenas de anos no Brasil na contratação de mão de obra. “Quando (o país) fez concurso, fez concurso específico, então você sequer tem gente para sobrepor aqueles que se aposentaram”, disse Lula. O presidente reiterou que o papel do Estado “é colocar pessoas que atendem com muito respeito a sociedade”. Ele visitou nesta manhã a sala de situação da primeira edição do CNU, na sede da Dataprev, em Brasília. O CNU ficou conhecido como “Enem dos Concursos”. Mais de duas milhões de pessoas fizeram a prova para concorrer a uma vagas das 6.640 vagas disponíveis em 21 órgãos do governo federal, com salários que podem chegar a R$ 22,9 mil. O exame foi realizado em 228 cidades do País.
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Lula afirmou que é preciso adequar a máquina pública e discutir temas que estão na pauta do dia, como a democracia. “A gente está inovando de verdade no jeito de contratar gente neste país. Nós precisamos adequar a máquina pública ao século 21. É preciso discutir os temas que estão na ordem do dia”, disse. “A democracia tem que ser debatida para as pessoas saberem o que é democracia, saber a diferença entre democracia e outros regimes. Também é importante discutir coisas que dizem respeito ao trabalho que ele vai fazer quando começar a trabalhar”, acrescentou. O presidente afirmou que as inscrições e a participação no Concurso foram extraordinárias, e pontuou ainda que a diversidade foi “excepcional”. Segundo ele, o CNU foi feito para facilitar a participação de todos os brasileiros.
A ministra da Gestão, Esther Dweck, reforçou que praticamente todos os ministérios serão atendidos com novos servidores. “São 21 órgãos que têm vaga diretamente, mas há muitas vagas transversais. Praticamente todos os mistérios vão ser providos por este concurso”, disse a ministra. Esther destacou que um grande contingente de pessoas se inscreveu por cotas de deficiência, de negros e indígenas. “Estamos muito felizes com isso e com a ideia de realmente aumentar a diversidade dos servidores públicos para ajudar na elaboração de políticas”, afirmou.
Segundo a ministra, a realização da primeira etapa do CNU, concluída nesta manhã, não registrou nenhuma intercorrência. Ao final do dia ela fará um balanço geral da aplicação do exame. A ministra antecipou que a abstenção registrada não está acima do imaginado e disse que a ausência em concursos públicos já é usualmente alta. Ainda que o gabarito oficial só seja divulgado nos próximos dias, os inscritos poderão acessar a partir das 20h deste domingo, 18, o caderno de provas, conforme divulgado pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, responsável pela organização da prova. Tanto o caderno com as questões, quanto o gabarito estarão disponíveis na página oficial do CNU.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Sarah Américo