Bens da sede da Igreja Mundial do Poder de Deus, fundada em 1998 pelo apóstolo Valdemiro Santiago, deverão ser penhorados. A decisão é da juíza da 2ª Vara Cível do Foro Regional do Butantã, em São Paulo, Fernanda Soares Fialdini. A Mundial ainda pode recorrer.
Conforme apuração da coluna de Rogério Gentile, da Folha de S.Paulo, a ordem foi dada devido a um processo no qual um empresário cobra uma dívida calculada em cerca de R$ 103 mil, referente ao contrato de aluguel de um apartamento no Morumbi, na capital paulista, destinado à moradia da família de um pastor.
A penhora atinge televisores, telões de LED, instrumentos musicais, equipamentos de som, microfones, câmeras, entre outros bens da sede da Mundial, localizada na rua Carneiro Leão 439, no Brás.
A igreja não negou a dívida, porém questionou os cálculos de sua atualização. Um acordo para o pagamento parcelado do débito chegou a ser estabelecido, mas não foi cumprido pela Mundial e até hoje o valor não foi quitado. Em sua defesa, a igreja afirma ser uma instituição sem fins lucrativos e se manter apenas com a ajuda dos fiéis.
A juíza determinou que a penhora deverá ser realizada por um oficial de Justiça fora dos horários dos cultos.
A Igreja Mundial do Poder de Deus é alvo atualmente de uma série de cobranças judiciais por dívidas. A crise, de acordo com a Mundial, foi potencializada pela pandemia do coronavírus e o fechamento dos templos em razão das medidas de restrição social.