Steve Bannon, uma das mais proeminente figuras da ultradireita no mundo e antigo conselheiro do ex-presidente americano Donald Trump, foi libertado da prisão na manhã dessa terça-feira (29/10), depois de passar quase quatro meses atrás das grades.
“Não estou quebrado, estou fortalecido”, disse ele em entrevista ao sair da cadeia em Danbury, no estado de Connecticut. Sua libertação, depois de cumprir pena, ocorre a uma semana das eleições presidenciais nos Estados Unidos, que podem reconduzir Trump à Casa Branca.
Bannon foi condenado por descumprir uma intimação para colaborar com as investigações no Congresso sobre o ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio dos EUA por apoiadores de Trump. Quando entrou na prisão, em 1º de julho, ele disse, em tom desafiador, que estava “orgulhoso” de cumprir pena, “se isso for necessário para enfrentar Joe Biden”.
Ele foi um conselheiro central na campanha presidencial que deu a vitória a Trump em 2016 e continuou como seu principal estrategista na Casa Branca até 2017.
Embora não trabalhe mais oficialmente para Trump, ele continuou a usar sua influência a favor do republicano, principalmente por meio de seu podcast “The War Room”.
Considerado um dos “gurus” da extrema direita populista, Bannon afirmou que o seu objetivo é fornecer “a infra-estrutura global para o movimento populista global”.
Ele criou um projeto chamado “O Movimento”, para reunir líderes populistas de direita. No Brasil, ele é próximo da família de Jair Bolsonaro e chegou a nomear o deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, como seu representante no país.