O Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) ordenou a suspensão de pagamentos ao laboratório PCS Saleme, que foi responsável por exames de sangue que resultaram na infecção por HIV em seis pacientes que receberam transplantes. Os testes, realizados em um doador que era portador do vírus, apresentaram resultados “falsos negativos”, o que permitiu que órgãos contaminados fossem transplantados. A investigação revelou que o erro ocorreu devido a falhas na qualidade dos reagentes, que foram utilizados com o objetivo de reduzir custos. Em resposta à situação, a Fundação Saúde decidiu encerrar o contrato com o laboratório no dia 12 de setembro. No entanto, entre 18 de setembro e 1º de outubro, foram autorizados pagamentos que somaram R$ 1,2 milhão ao PCS Saleme.
O TCE-RJ determinou a suspensão imediata de qualquer pagamento ao laboratório e a retenção de valores até que uma nova deliberação seja feita. Além das irregularidades nos exames, o TCE-RJ também identificou indícios de que a antiga diretoria da Fundação Saúde direcionou contratações de forma inadequada para outras empresas. Em 1º de outubro, a Secretaria Estadual de Saúde anunciou a suspensão de todos os pagamentos ao PCS Saleme e iniciou uma sindicância para investigar as condutas relacionadas ao caso. A Vigilância Sanitária Estadual tomou medidas drásticas ao interditar o laboratório em 8 de outubro, proibindo-o de prestar serviços em todo o território nacional.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicada por Matheus Oliveira