InícioEditorialLuva de Pedreiro revê sucesso em série e pede oportunidades no Brasil

Luva de Pedreiro revê sucesso em série e pede oportunidades no Brasil

Receba! Não há uma pessoa no mundo do futebol que não saiba o dono de tal bordão. Até porque, o Luva de Pedreiro já ultrapassou os limites do Brasil e virou um fenômeno mundial. Mesmo sem ser jogador, o jovem Iran de Santana Alves chegou onde todos querem chegar: ao evento da Bola de Ouro, que recebe a nata do mundo da bola em um evento de gala.

Nesta quinta-feira (7/11), a Max lança a série documental Luva de Pedreiro – O Rei da Jogada, que conta a história do influenciador. Dono de um percurso digno de filme, o baiano de Quijingue passou por diversos percalços, como o problema com seu ex-empresário Allan Jesus, mas, como um bom finalizador, soube chutar os problemas para longe e se tornar titular de sua própria história.

Mesmo com tamanha popularidade — e seguidores — ele contou ao Metrópoles que sente falta de ser convidado para eventos no Brasil.

“Eu gosto muito de fazer coisa aqui… os caras lá fora me chamam e os caras aqui que não chamam para fazer as paradas e eu tenho vontade de fazer mais coisas aqui no Brasil, mas os caras parecem que não gostam”, explicou.

Luva de Pedreiro

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O jovem de Quijingue, na Bahia, sonha em conhecer Barack Obama e iniciou na internet após trocar galilnhas por um celular

Ele mudou a vida de sua família após bombar com os vídeo de futebol
Luva de Pedreiro posa ao lado de seus pais
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Em documentário da Max, Luva de Pedreiro detalha a sua história

Divulgação

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O jovem de Quijingue, na Bahia, sonha em conhecer Barack Obama e iniciou na internet após trocar galilnhas por um celular

Jefferson Dias

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Ele mudou a vida de sua família após bombar com os vídeo de futebol

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Luva de Pedreiro posa ao lado de seus pais

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Mesmo com tantos sonhos conquistados, ele ainda tem dois em mente. O primeiro é abrir uma escolinha de futebol para os meninos da cidade em que nasceu e foi criado e o segundo, quando o assunto é conhecer celebridades, é estar frente a frente com Barack Obama, o único presidente negro da história dos Estados Unidos da América.

“Ele é diferenciado, é o cara, resenha. Esses caras difíceis é quem eu gosto, tá ligado, é aleatório, é resenha, se Deus quiser. É meio difícil, mas a gente vai esbagaçar ainda”, completou.

Comemoração de aniversário

Além de marcar o lançamento da série, esta quinta-feira (7/11) também representa o aniversário de 23 anos do Luva. E essa será a primeira vez que ele vai comemorar, já que ele tinha trauma e sempre “ia para outro lado” quando comentavam sobre a comemoração.

“No dia eu agradeço a Deus e pronto. A gente vai fazer uma resenhinha, por isso que eu já vim para cá [para a Bahia], vou assistir [a série] com os meus parceiros”, explicou.

O início

Até chegar ao ponto de querer conhecer Obama, Luva primeiro precisou conhecer o mundo. Aos 19 anos, ele trocou galinhas por um celular e começou a mexer com a internet e passou a gravar vídeos com amigos para ver os lances depois. A brincadeira não demorou muito para virar seu ganha pão quando uma publicação em específico viralizou.

Ele chutava a bola por cima da casa e a pegava do outro lado. Foi isso que fez com que ele viralizasse. “Os gringos, o pessoal da Índia [estavam] fazendo react e eu fui olhar, rapaz, quando pensa que não tinha estourado o vídeo”, disse.

O modus operandi do Luva era gravar os vídeos, andar por cerca de uma hora, até um lugar em que ele conseguia conectar na internet, baixar o app da rede social e postar a filmagem. Isso porque seu celular não tinha espaço de armazenamento para manter tudo funcionando.

Antes de criar a alcunha Luva de Pedreiro, ele mantinha seu nome nas redes sociais. Entretanto, o seu bordão mais famoso e o nome surgiram por conta das críticas, que eram bem pesadas no início de sua carreira.

“[Quanto] Mais eu usava luva, mais falavam, eu não podia jogar luva de jeito nenhum. E quando eu vi que os caras estavam comentando, eu comecei a falar mesmo, fazia gol e falava ‘Luva de Pedreiro, receba’. No começo, eu falava para provocar mesmo”, confirmou.

Ele ainda diz que, se não fosse o nome, ele não teria estourado como foi. “Mudou muito [a minha vida], você vê que minha marca é o meu nome, Luva de Pedreiro. Se não fosse isso, eu ia dar uma rodadinha, mas ia ser muito diferente, porque o nome Luva de Pedreiro caiu na onda dos caras. As críticas ajudam, viu como é o movimento? O cara precisa pegar a visão”, brincou.

Treta com empresário

Logo que viralizou, Luva de Pedreiro recebeu o contato de um empresário, que disse que faria dele uma grande celebridade no mundo do futebol. Esse homem era Allan Jesus. Em um primeiro momento, Iran o agradeceu, porque foi ele o responsável por levá-lo ao Rio de Janeiro e a ter mais contato com o mundo e ter a sua imagem trabalhada pela primeira vez.

Entretanto, ele passou a ser enganado e rompeu com o empresário. Tudo começou quando Jesus não manteve a sua palavra e passou a deixar Luva recluso, sem permitir com que ele fizesse o que queria. O problema explodiu na mídia em 2022, um ano após o jovem baiano explodir nas redes. Por fim, apesar dos pesares, declarou que “se arrepende” de ter assinado o contrato.

Ele passou pelo agenciamento de Falcão, mas também não ficou por muito tempo, e hoje conta com dois amigos que o ajudam. Os convites são passado a ele, que decide para onde vai e o que vai fazer. Para não cair no mesmo problema que passou nas mãos de Allan, Luva explicou que passou a observar mais e que não comete os mesmos erros.

Bola de Ouro

Realizado há duas semanas, o evento da Ballon D’Or consagra o melhor jogador do mundo. Vini Jr., do Real Madrid e da Seleção Brasileira, era o grande favorito, mas perdeu para Rodri e optou por não ir à festa de gala.

Luva de Pedreiro esteve lá e levou uma camisa do brasileiro. Ele contou que o “negócio foi esculhambado” e que nem o Rodri acreditou que ia levar o prêmio para casa. O influencer ainda contou o que faria se fosse o espanhol. “Eu não ia nem subir, porque ele sabe que o melhor do mundo era o Vini”, declarou.

Iran ainda contou que o clima no evento estava “tenso” e que os gringos ficavam olhando para ele com cara feia. “Eu encarava mesmo, falava: ‘Pode olhar, que eu não tiro a camisa daqui não’. Na hora que eu estava entrando lá, um cara queria tomar a camisa e eu não deixei: ‘Aqui não, pai, relaxe, aqui não’”, completou.

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