Nos últimos dez anos, o Brasil registrou um aumento alarmante de 441% nos casos de HIV entre a população idosa. As infecções saltaram de 378 em 2012 para 1.951 em 2022. Além disso, os óbitos relacionados à Aids também apresentaram um crescimento significativo de 85%, passando de 980 para 1.827. No total, entre 2012 e 2022, foram contabilizados 14.570 novos casos de HIV e 25.378 de Aids, resultando em 15.773 mortes. As informações foram divulgadas no boletim epidemiológico do Ministério da Saúde em 2023.
A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) fez um alerta sobre esses números preocupantes em meio ao dezembro vermelho. O envelhecimento do sistema imunológico e a dificuldade em seguir tratamentos devido a outras condições de saúde também são fatores que contribuem para o aumento das mortes. Entre 2020 e 2022, a população geral do Brasil viu um crescimento de 17,2% nos casos de HIV, com as regiões Norte e Nordeste apresentando os maiores índices.
Dados recentes do Ministério da Saúde revelam que, no primeiro semestre de 2023, foram registrados 20.237 novos casos de HIV. Em 2022, o total de novos casos foi de 43.403, com 10.994 óbitos relacionados à Aids. Os grupos mais vulneráveis incluem jovens mulheres, homens gays , outros homens que fazem sexo com homens, profissionais do sexo, usuários de drogas injetáveis, pessoas trans e indivíduos em situação de privação de liberdade.
A prevenção do HIV é possível através do uso de preservativos e do acesso a medicamentos como a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e a Profilaxia Pós-Exposição (PEP), que estão disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A adesão ao tratamento antirretroviral é fundamental para que a doença se torne intransmissível, junto do acompanhamento médico adequado.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Victor Oliveira