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GPT-5 da OpenAI atrasa e gera custos bilionários

O projeto de inteligência artificial GPT-5, desenvolvido pela OpenAI, está enfrentando sérios desafios. A iniciativa, também conhecida como Orion, está atrasada e gerando custos altíssimos.

Segundo o Wall Street Journal, os esforços para avançar no modelo, que promete superar o GPT-4, não têm atingido os resultados esperados.

De acordo com a reportagem, a OpenAI já realizou ao menos duas grandes rodadas de treinamento para o GPT-5, cada uma com duração de meses. Essas etapas demandam a utilização de vastos recursos computacionais e podem custar até meio bilhão de dólares. No entanto, mesmo após ajustes técnicos e a utilização de dados gerados por especialistas, o modelo ainda não atingiu o desempenho necessário para justificar os custos.

openAI
OpenAI enfrenta dificuldades no desenvolvimento da nova geração de seu modelo de IA (Imagem: Svet foto / Shutterstock.com)

Expectativas sobre o GPT-5

  • A OpenAI é conhecida por ter revolucionado o mercado de inteligência artificial com o lançamento do ChatGPT, impulsionado pelo modelo GPT-4, em 2023.
  • Espera-se que o GPT-5 represente um salto significativo na tecnologia, oferecendo maior precisão em tarefas científicas, reduzindo erros e até “raciocinando” melhor do que os modelos atuais.
  • Apesar dessas promessas, os avanços esbarram na falta de dados diversificados e de alta qualidade, além do custo crescente das operações.
  • Em meio a essa pressão, Sam Altman, CEO da OpenAI, havia afirmado que o GPT-5 não seria lançado em 2024, frustrando as expectativas do mercado.
  • A valorização de US$ 157 bilhões atribuída à OpenAI pelos investidores em outubro se baseia, em grande parte, na promessa de que o modelo representará uma verdadeira revolução tecnológica.

Desafios técnicos e estruturais

A OpenAI enfrenta desafios além da escassez de dados e custos elevados. Problemas internos, como a saída de pesquisadores-chave e a disputa por recursos computacionais, têm dificultado o progresso do projeto. Entre os principais nomes que deixaram a empresa estão Ilya Sutskever, cofundador e cientista-chefe, e Mira Murati, ex-diretora de tecnologia.

Para contornar a limitação de dados da internet, a OpenAI tem recorrido à criação de dados sintéticos e à contratação de especialistas, como matemáticos e engenheiros de software. Esses profissionais criam novos materiais que são incorporados ao treinamento do modelo, mas o processo é lento e complexo.

Estima-se que, para gerar um bilhão de tokens, seriam necessários mil profissionais escrevendo 5 mil palavras por dia durante meses.

Leia mais:

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  • O que é a Sora, a inteligência artificial da OpenAI que cria vídeos?
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Um futuro incerto para os LLMs

Os desafios enfrentados pelo Orion refletem uma questão mais ampla no setor de IA: a possível estagnação no progresso dos modelos de linguagem. Ilya Sutskever, agora cofundador de uma nova empresa chamada Safe Superintelligence, comparou os dados ao “combustível fóssil da IA”, destacando que o limite da internet como fonte de dados já foi alcançado.

imagem de um chip de computador com um cérebro desenhado em cima. Chips de IA
A OpenAI apostou em raciocínio de IA, mas existem estudos que apontam que esta abordagem não está funcionando (Imagem: Anggalih Prasetya / Shutterstock,.com)

A OpenAI aposta em abordagens como “raciocínio”, que permite aos modelos passarem mais tempo “pensando” para resolver problemas complexos. Contudo, estudos recentes, como um artigo de pesquisadores da Apple, sugerem que os modelos de raciocínio podem apenas estar imitando dados treinados, e não desenvolvendo novas soluções.

Com custos que ultrapassam US$ 1 bilhão para treinar modelos futuros e uma competição acirrada no setor, a OpenAI encara um momento crucial. A viabilidade do GPT-5 ainda é incerta, mas seu sucesso é essencial para manter a empresa na liderança da revolução da inteligência artificial.

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