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É possível ter vida em estrelas mais quentes que o Sol?

A vida na Terra, como conhecemos, só é possível graças ao Sol, que fornece energia essencial para manter o equilíbrio do nosso planeta. Sua luz e calor permitem que a água permaneça em estado líquido, condição fundamental para a existência da vida.

Além disso, a energia solar é a base da fotossíntese, o processo pelo qual as plantas produzem oxigênio e alimento, sustentando quase todas as formas de vida. A gravidade do Sol também mantém a Terra em uma órbita estável, garantindo temperaturas regulares e ciclos climáticos que favorecem a biodiversidade.

Sem o Sol, o planeta seria um lugar frio e inóspito, incapaz de abrigar vida como a conhecemos. Mas o Sol não é a única estrela a ter planetas orbitando ao seu redor, sendo assim estrelas mais quentes que o Sol podem ter vida?

Estrelas mais quentes que o Sol podem ter vida?

As estrelas são classificadas em tipos espectrais, que vão de M (anãs vermelhas) até O (as mais quentes e massivas). O Sol é uma estrela de tipo G2, e as estrelas de tipo F são um pouco mais quentes e luminosas, com zonas habitáveis maiores e mais distantes. A zona habitável é a região ao redor de uma estrela onde as condições permitem a existência de água líquida, considerada essencial para a vida.

Representação artística mostra um grande planeta gigante gasoso (em primeiro plano) orbitando uma pequena estrela anã vermelha chamada TOI 5205. Imagem: Katherine Cain/Carnegie Institution for Science

Estrelas de tipo F têm vantagens interessantes. Suas zonas habitáveis são mais amplas, o que aumenta as chances de encontrar planetas que orbitem nessa faixa. Além disso, a maior emissão de luz ultravioleta pode ajudar na formação de moléculas orgânicas complexas, um passo importante para o surgimento da vida. Apesar disso, a radiação ultravioleta também apresenta desafios, pois pode destruir atmosferas ou prejudicar organismos sensíveis.

Outro fator a considerar é o tempo de vida das estrelas quentes. Enquanto o Sol tem uma vida útil de cerca de 10 bilhões de anos, as estrelas de tipo F vivem, em média, 4 bilhões de anos. Embora esse período seja mais curto, ainda é tempo suficiente para que formas de vida simples ou mesmo complexas evoluam, considerando o ritmo em que a vida surgiu e se desenvolveu na Terra.

Na pesquisa mais recente, astrônomos analisaram cerca de 80 estrelas de tipo F e identificaram planetas que passam parte de suas órbitas dentro da zona habitável. Um exemplo é o exoplaneta 38 Virginis b, que está completamente dentro dessa região. No entanto, ele é um gigante gasoso, o que o torna improvável de ser habitável.

Estrela Ross 154 no espaço
A anã vermelha leva o nome de Frank Elmore Ross, que a catalogou em 1925 (Imagem: NASA, ESA, and G. Bacon – STScI)

Apesar disso, esses planetas gigantes podem ter luas rochosas e de tamanho semelhante à Terra, onde a vida poderia prosperar. Assim, enquanto os planetas em si podem não ser habitáveis, suas luas oferecem um novo território de exploração. Essa possibilidade expande o conceito de habitabilidade para incluir não apenas planetas, mas também corpos menores que orbitam ao redor deles.

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Embora estrelas de tipo F representem apenas cerca de 3% das estrelas na Via Láctea, elas apresentam uma combinação interessante de oportunidades e desafios para a busca por vida. A radiação ultravioleta pode ser prejudicial, mas também pode ajudar na formação de compostos essenciais para a vida.

A maior luminosidade dessas estrelas amplia as zonas habitáveis, mas a vida útil mais curta das estrelas pode limitar o tempo disponível para o surgimento de formas de vida complexas.

Pesquisadores sugerem que as estrelas de tipo F sejam incluídas em estudos futuros sobre vida extraterrestre. Elas ampliam a diversidade de ambientes que podem abrigar vida e fornecem novas pistas para entender como diferentes condições estelares influenciam a habitabilidade planetária.

Embora a radiação ultravioleta e a vida útil mais curta sejam desafios, as zonas habitáveis amplas e as possibilidades oferecidas por luas rochosas tornam essas estrelas um campo promissor de pesquisa.

Com informações de Phys.org

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