Um homem apontado como mandante da morte do promotor paraguaio Marcelo Pecci foi preso na manhã desta sexta-feira (10) pela Polícia Federal, no Rio. Pecci foi assassinado em maio do ano passado, na Colômbia, durante a lua de mel.
O suspeito, que não teve nome divulgado, foi preso no Recreio dos Bandeirantes, com apoio da Polícia Civil. Ele era foragido internacional e estava com nome na lista de procurados do Interpol. O paraguaio é acusado também de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
Após a identificação do preso, feita pela Polícia Civil e confirmada pela PF, ele agora vai ser encaminhado ao sistema penitenciário, onde aguardará o processo de extradição.
Ao todo, outros seis suspeitos de envolvimento no crime já foram presos.
Crime
Pecci foi morto na Ilha de Baru, ponto turístico de Cartagena. Os dois assassinos chegaram em um jet ski e atiraram contra o promotor da água. Eles fugiram em seguida pelo mar.
Pecci estava em lua de mel com a mulher, a jornalista Cláudia Aguilera, que estava grávida. Ela não ficou ferida. Atingido três vezes, Pecci recebeu ajuda de banhistas, que tentaram socorrê-lo, mas morreu ainda na praia.
Pouco antes do crime, o casal postou fotos nas redes sociais celebrando a gravidez de Cláudia. Eles se casaram em 30 de abril.
O presidente do Paraguai, Mario Abdo Benitez, classificou o crime de “covarde” e disse que a nação está “chocada”. Ele prometeu que o governo vai continuar no combate ao crime organizado.
Pecci coordenava no Ministério Público as investigações relacionadas ao crime organizado no Paraguai, incluindo as regiões de fronteira, apurando situações de narcotráfico, tráfico de armas e lavagem de dinheiro, entre outras.