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Alunos do MIT visitam a Fonte Nova em intercâmbio com o Senai Cimatec

Quando a bola começa a rolar em campo, as fronteiras se rompem e todas as pessoas presentes no estádio passam a falar a mesma língua: a do futebol. Mas não é apenas sobre os torcedores que o esporte é capaz de gerar este efeito, ele também alcança a ciência. E prova disso é o intercâmbio entre alunos de graduação do MIT – Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos Estados Unidos, e os estudantes universitários, de pós-graduação e ensino técnico do Senai Cimatec, para explorar as matérias-primas presentes no mundo do futebol. 

Oito alunos da faculdade norte-americana estão em Salvador desde a última sexta (13), em uma atividade de férias. Na capital, eles estão ministrando um curso para estudantes do Cimatec sobre as diferenças entre as matérias-primas usadas na fabricação de equipamentos como uniformes, bolas, chuteiras e até embalagens de alimentos consumidos pelos jogadores durante os treinos e pelos torcedores nos jogos. 

Ao mesmo tempo, há uma troca cultural e de experiências científicas entre os participantes. E como não há nada como estar onde tudo acontece, os alunos das duas instituições foram à Arena Fonte Nova, nessa quarta-feira (18), para acompanhar a partida entre Bahia e Atlético de Alagoinhas pelo Campeonato Baiano. Eles aproveitaram a oportunidade também para conhecer a história do time tricolor, a estrutura do estádio e analisar como os materiais explorados no laboratório aparecem nos equipamentos prontos.

Uma experiência que, para Ygor de Santana Moura, 20 anos, único brasileiro entre os alunos do MIT, significa manter uma conexão científica com o seu país.

“É uma troca interessante. Em um dos desafios, vimos produções que eu jamais pensaria. É importante que, mesmo na correria como estudantes, nós consigamos conhecer e  produzir projetos importantes”, descreve. 

Nascido no Rio de Janeiro e filho de uma baiana, ele entrou para o MIT em 2020. Mas só em 2021 deixou de ter aulas on-line e se mudou para os Estados Unidos após a flexibilização das restrições contra a covid-19. Lá ele faz graduação em química e reabriu o Clube de Brasileiros no MIT. No estádio, a primeira parada dele e dos demais estudantes foi no Museu do Bahia, para conhecer uma galeria de fotos de lugares de Salvador que têm as cores do time.

O grupo viu ainda uma linha do tempo de manifestações protagonizadas por torcedores em busca de melhorias para o clube, troféus, jornais e revistas com a história do time. Além disso, tiveram acesso a camisas do Bahia e a vídeos com capturas de gols marcados nos acréscimos de partidas decisivas.

Alunos de graduação do MIT se encontram com estudantes do Senai Cimatec, em Salvador (Foto: Emilly Tiffany Oliveira/ CORREIO)

“Juntar o futebol com a ciência deixa o que já é interessante ainda melhor. Há inúmeras coisas no esporte que precisam das engenharias para serem produzidas, então, nada mais justo do que olharmos para o que garantirá produções mais eficientes e sustentáveis para os jogadores e para a torcida”, comenta Saulo Araújo, 20 anos, estudante de engenharia química do Cimatec e que está participando dos cursos. 

A atração principal, no entanto, foi a partida do Bahia. Os estudantes acompanharam o jogo em um dos camarotes da Arena Fonte Nova. E, apesar de não falarem português, torceram tanto quanto os torcedores do Tricolor de Aço. A cada gol do time da casa – um deles anulado – não faltaram gritos e palmas.

Para o gerente de negócios do Bahia, Victor Cerqueira, contribuir com a ciência é indispensável:

Acreditamos que ampliando as relações institucionais, seja com projetos locais, nacionais ou internacionais, esse movimento retroalimenta a própria indústria do futebol, que se beneficiará com novas tecnologias e inovações, além de agregar à vida dos participantes”, afirma.

A estadia dos alunos do MIT não para por aí. Depois de aulas de dissecação de uma bola no primeiro dia, analisar embalagens de alimentos consumidos nos jogos com aulas de reciclagem e sustentabilidade e trabalhar com máquinas de produção 3D, eles ainda vão estudar tecidos de uniformes. Antes de chegar à Bahia, onde ficarão até amanhã, o grupo passou por São Paulo. Depois irão ao Rio de Janeiro, com o mesmo projeto, antes de retornarem aos Estados Unidos.
 
*Com orientação da subeditora Fernanda Varela

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