O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende retomar o programa Bolsa Verde, capitaneado pelo Ministério do Meio Ambiente. O benefício social é pago para famílias em situação de vulnerabilidade social e que vivem em áreas de preservação ambiental na Amazônia.
A divulgação da retomada do programa aconteceu nesta segunda-feira (5/6) pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), durante evento para anunciar pacote ambiental ao longo das comemorações do Dia Mundial do Meio Ambiente, no Palácio do Planalto.
“Essas famílias receberão uma ajuda do Estado como pagamento pelos serviços que eles prestam para a proteção do meio ambiente. Cerca de 80% das florestas protegidas no mundo estão sob domínio dessas comunidades tradicionais. Isso tem a ver com o reconhecimento do papel que essas comunidades têm para manter os serviços ecossistêmicos preservados”, declarou a ministra.
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O programa social visa, principalmente, famílias que atuam na atividade de extrativismo na Amazônia, uma forma de economia sustentável sem derrubar a floresta.
Criado em 2011, durante o primeiro mandato da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), o Bolsa Verde realizava o pagamento de R$ 300 a cada três meses a famílias em situação de extrema pobreza e que viviam em áreas destinadas à preservação ambiental.
A equipe de transição do governo Lula destinou cerca de R$ 200 milhões do orçamento federal para o pagamento do benefício social. Entretanto, não foi divulgado o valor que será destinado para cada família.
O programa foi encerrado durante a gestão do ex-presidente Michel Temer (MDB) em 2017. Contudo, a expectativa do governo Lula é relançar o Bolsa Verde ainda em 2023.
A ministra do Meio Ambiente declarou que o programa deve atingir, inicialmente, cerca de 30 mil famílias. Além disso, o valor do benefício poderá ser acumulado com outros programas sociais do governo federal, como o Bolsa Família. “Essa adicionalidade tem a ver com aquilo que elas fazem, modo de vida que ajuda a preservar os biomas brasileiros”, ressaltou Marina Silva.
