A segunda-feira (6) será um dia crucial para o futuro do Vitória. Se dentro de campo a equipe já teve seu destino selado com as três eliminações no Baiano, Copa do Brasil e agora Copa do Nordeste, fora das quatro linhas o clima também não é positivo. O clube vive turbulência por conta da possível renúncia do atual presidente, Fábio Mota. O gestor revelou nos últimos dias que tem sofrido ameaças de torcedores nas redes sociais, que incluem também aos seus familiares, como esposa e filhos.
Mota se mostra muito preocupado com a situação e tem se sentido pressionado a deixar o cargo por conta da insegurança demonstrada pela família. O presidente se reunirá com integrantes do Conselho Deliberativo do clube na Toca do Leão e é esperada uma decisão sobre sua permanência ou não logo após a conversa.
O presidente rubro-negro acompanhou o empate em 1×1 no Ba-Vi neste domingo (5), na Fonte Nova. Após a partida, preferiu não falar publicamente sobre o assunto, deixando o comunicado para depois da reunião com os conselheiros.
Fábio Mota passou o caso para as autoridades policiais e aguarda a investigação das ameaças. Por outro lado, o dirigente encontra apoio no clube para permanecer no cargo. Ele foi eleito no último ano para um mandato de três anos, que encerra em 2025.
O próprio treinador da equipe, Léo Condé, contratado pela gestão de Mota, confirmou o desejo de tê-lo no comando do clube no restante da temporada. Ao ser questionado se o grupo está fechado com o presidente, não hesitou:
“Claro. Foi ele que me contratou, a ideia é que eu possa trabalhar em conjunto com essa direção”, avisou.
Após a eliminação matemática na Copa do Nordeste, o Vitória terá ainda dois compromissos pelo regional contra Ceará, em casa, e Campinense, fora. Depois disso, o clube terá pouco mais de um mês para se preparar para a estreia da Série B. Até lá, o treinador espera que a atual turbulência interna no clube tenha sido contornada.
“É uma situação que a gente tenta ficar fora, porque é uma questão mais política, mas a gente fica na torcida [pelo presidente Fábio Mota]. Esse pouco tempo que estou aqui já entendi o processo dessa diretoria que está à frente do Vitória. (…) Eu não sou advogado de ninguém, então tomara que as coisas fiquem bem para que a gente tenha tranquilidade para trabalhar também e fazer o planejamento da Série B”, concluiu o treinador.