Rivais políticos em Alagoas, Renan Calheiros (MDB-AL) e Arthur Lira (PP-AL) travam nova disputa pelas redes sociais. O presidente da Câmara dos Deputados respondeu, na noite desta segunda-feira (29/5), às acusações feitas pelo senador e disse que o problema do emedebista é de ordem psiquiátrica.
“Já falei que o problema do senador Renan é psiquiátrico. Para ele será mais um processo na Justiça, e mais uma condenação”, disse Arthur Lira, ao Metrópoles. Ele foi acusado, num tweet de Renan Calheiros, de “caloteiro”. Além disso, uma denúncia de agressão contra a ex-mulher foi trazida novamente à tona.
Na publicação, Renan Calheiros compartilha as falas de um empresário ruralista chamado Ricardo Barreto Dantas. Ele acusa Arthur Lira de receber um cheque para a compra de gado, mas nunca ter entregue os animais. O presidente da Câmara negou e disse que a Justiça já reconheceu fraude nas alegações.
Renan, na publicação feita no seu Twitter, foi além e recuperou a acusação de violência doméstica feita pela ex-mulher de Arthur Lira. Em 2015, ele foi absolvido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mas a ex-companheira disse, em 2021, ter sido vítima de ameaças para mudar seu depoimento.
O senador foi além: escreveu que, enquanto presidente do Senado em 2006, aprovou a Lei Maria da Penha para punir “meliantes como ele”, se referindo a Lira.
RivalidadeLira e Renan não disputaram diretamente as eleições de 2018, mas travaram uma guerra indireta na eleição para o governo de Alagoas. O deputado apoiou Rodrigo Cunha (PP) e o senador, Paulo Dantas (MDB).
Espera-se que, nas eleições de 2026, Renan Calheiros e Arthur Lira disputem votos. Ambos devem concorrer ao Senado, com possibilidade de eleição para ambos. O próximo pleito terá duas vagas para senador em disputa.
A disputa alagoana, porém, também faz-se presente em Brasília. Como mostrou o colunista Paulo Cappelli, do Metrópoles, Arthur Lira pressionou a base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para minar uma esperada participação de Renan Calheiros na CPI Mista sobre os atos golpistas de 8/1.
O objetivo de Lira era não permitir que Renan atraísse os holofotes para si novamente, como ocorreu com a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19. O senador também age: recentemente, defendeu que o governo estava “desistindo” do presidente da Câmara, quando houve impasse sobre as MPs.