A Controladoria-Geral da União (CGU) divulgou os resultados de uma auditoria que revelou um total de R$ 2,57 bilhões em fraudes no programa Farmácia Popular, entre os anos de 2015 e 2020. De acordo com o relatório, esse valor corresponde a medicamentos que foram pagos pelo Ministério da Saúde, mas que não foram de fato entregues à população pelas farmácias. A falta de notas fiscais que comprovassem a aquisição dos remédios foi um dos principais indícios de irregularidades encontrados. Ao todo, foram identificados mais de 362 milhões de registros de venda sem documentação fiscal, o que representa 17,4% do total de operações no período analisado.
Além disso, a CGU também apontou que houve lançamentos de vendas de medicamentos no sistema em datas posteriores à morte dos beneficiários, totalizando R$ 7,4 milhões. A auditoria comunicou que é preciso que o governo elabore um plano para verificar o valor a ser ressarcido pelos estabelecimentos envolvidos nas fraudes, além da aplicação de penalidades, com a adoção de mecanismos de controle mais eficientes, a fim de evitar novas ocorrências de fraudes.