O barco encontrado à deriva com corpos em decomposição, no Pará, tinha uma espécie de boca de fogão improvisada. A Polícia Federal (PF) investiga o caso, mas, até o momento, nenhuma das nove vítimas foi identificada.
Na embarcação havia ainda dois galões, que a perícia pretende descobrir se são de água ou combustível. Nesta quinta-feira (25/4), os nove corpos foram enterrados em uma cerimônia laica em um cemitério de Belém (PA).
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Barco foi encontrado por amigos das vítimas e moradores da região Reprodução
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A perícia vai continuar trabalhando em Brasília Divulgação/PF
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Perícia encontrou 27 celulares no barco Divulgação/PF
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Reprodução/redes sociais
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Divulgação/PF
Em Brasília, os agentes da PF trabalham na identificação, com base em protocolos da Interpol para esses casos. Foram coletadas impressões digitais, dados de arcada dentária e DNA.
Relembre o caso Em 13 de abril, um grupo de pescadores achou um barco à deriva com diversos corpos em decomposição na região de Salgado, no nordeste do Pará. Segundo a PF, a principal hipótese é que as vítimas tenham morrido por fome e sede.
Documentos encontrados no interior da embarcação, indicam que o barco teria origem no continente africano. No barco havia uma identidade da Mauritânia e um documento de registro de entrada na Mauritânia de alguém vindo do Mali.
Embora tenham sido localizados nove corpos, foram encontradas 25 capas de chuva e 27 celulares, o que leva a crer que havia mais pessoas na embarcação.
A PF tem trabalhado para identificar as vítimas, mas reforça que, como a migração de pessoas dos países africanos é uma questão humanitária que conta com milhares de pessoas desaparecidas e inexistem dados técnicos estruturados, não é possível estimar o prazo para conclusão dos trabalhos.