Deputado federal do Psol é relator da ação contra o parlamentar do Avante; denúncia foi apresentada por Valdemar Costa Neto, presidente do PL
Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
Boulos votou pelo arquivamento do processo alegando “ausência de justa causa”
O deputado federal Guilherme Boulos (Psol- SP) votou para arquivar o processo de cassação do deputado federal André Janones (Avante-MG) no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara. Janones foi acusado por ex-assessores de praticar “rachadinha”, pedindo que funcionários arcassem com suas despesas pessoais. O áudio foi gravado durante uma reunião na Câmara, em Brasília. O esquema teria sido organizado pela atual prefeita de Ituiutaba (MG), Leandra Guedes (Avante), ex-assessora e ex-namorada de Janones. A denúncia chegou ao Conselho de Ética por meio de uma representação apresentada pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Janones admitiu ter uma dívida de R$ 675 mil e afirmou que alguns funcionários receberiam salários extras para ajudar a pagar suas contas de campanha.
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Boulos, que é o relator do processo, votou pelo arquivamento do processo alegando “ausência de justa causa”, pois os fatos teriam ocorrido antes do início do mandato de Janones como deputado. A votação foi interrompida após um pedido de vista apresentado pelo deputado Alexandre Leite (União Brasil-SP), que discordou dos argumentos do relator. Janones nega as acusações de rachadinha, alegando que os áudios foram tirados de contexto. Paralelamente ao processo de cassação, um inquérito foi aberto pelo ministro Luiz Fux, do STF, para investigar se o parlamentar do Avante operou o esquema de “rachadinha”. A decisão atendeu a um pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República), após 46 deputados da oposição procurarem o órgão. Janones afirmou que as denúncias são vazias e que não se tornaram ações penais por falta de materialidade.
Publicada por Felipe Cerqueira
*Reportagem produzida com auxílio de IA