Cacau Protásio usou as redes sociais para se manifestar a respeito da polêmica envolvendo roteiristas do seriado Vai que Cola, do Multishow. Na última terça-feira (22/8), a equipe do humorístico divulgou uma carta falando sobre o clima ruim nos bastidores da atração antes e depois da demissão de André Gabeh.
Em um longo desabafo, a atriz disse que não tem o poder de demitir ninguém e informou que trata todos com igualdade e respeito.
“Sou funcionária da Rede Globo há mais de 11 anos (sendo 11 temporadas do Vai Que Cola). Como qualquer outro funcionário da empresa eu não tenho o poder de demitir e nem de admitir ninguém, a Rede Globo e o Multishow são duas empresas grandes e só elas podem tomar qualquer decisão em relação ao assunto”, começou Cacau.
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Entenda a crise entre roteiristas e atores de Vai Que Cola, da Globo Fabrizia Granatieri
Vai que Cola
Vai Que Cola celebra 10 anos no ar e estreia nova temporada dia 7 no Multishow Divulgação/ Mariana Ricci
Cacau Protasio
Ela é atriz e um dos grandes nomes da comédia Reprodução/Instagram
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Cacau Protásio está internada em estado grave Mauricio Fidalgo/TV Globo/Divulgação
Cacau Protasio
E precisará passar por uma nova operação na próxima semana Reprodução/Instagram
Cacau Protásio em A Sogra Perfeita
Cacau Protásio Paris Filmes/ Divulgação
Cacau Protásio
Shirley (Cacau Protásio) é a enfermeira chefe da casa e apaixonada por seu trabalho. Cuida e protege os moradores como se fossem seus filhos e não leva desaforo pra casa. Se precisar fazer barraco, pode contar com ela! Tem uma rixa com Manu, noiva interesseira de Machadinho e dono da casa de convivência. Shirley fará uma dupla com Leleco , que aos poucos, surge como o amor de sua vida Carolina Demper/Divulgação
Ela continuou: “Eu jamais ‘tirei trabalho de ninguém’, pelo contrário, além de atriz sou empresária e emprego diversos funcionários em minhas lojas. Quem convive comigo sabe o quanto eu respeito e trato todos que estão a minha volta com igualdade, e muito respeito. Eu lamento muito pelas demissão de qualquer pessoa e eu, Cacau Protásio, repito aqui: Não tenho poder e direito de pedir a demissão de alguém, pois sou funcionária da emissora”.
Cacau Protásio afirmou ser normal que os atores façam adaptações nos roteiros, mas pontuou que não vem o nome de cada profissional nos papéis que o elenco recebe. “Em uma produção, cada peça exerce sua função e seu papel. No caso específico dos roteiros, recebemos antes das gravações e neles não constam os nomes dos autores de cada episódio. É normal que ocorram adaptações por parte dos atores, para que possam ficar dentro da nossa embocadura”, explicou.
Em seguida, a atriz encerrou dizendo que não aceitará agressões em sua página. “Sei que vão me amar e vão me odiar, obrigada pelo amor e carinhos daqueles que me amam, eu respeito as pessoas que eu não agrado. Ps: eu não vou aceitar agressões aqui na minha página”, escreveu.
Veja a postagem de Cacau Protásio aqui.
Entenda a polêmica entre roteiristas e atores de Vai Que Cola A equipe de roteiristas do Vai Que Cola, programa do Multishow, emitiu uma carta aberta contra os atores do programa humorístico. A crise nos bastidores teria se instaurado após a demissão do roteirista André Gabeh devido a algumas atitudes do elenco.
Pelo menos seis colegas de Gabeh assinaram o texto. Os profissionais alegam que os atores pediram a demissão do ex-BBB do time que escreve o programa. “A implicância ou perseguição, por parte do elenco, com o autor não é de hoje”, diz a carta.
Confira o texto na íntegra:
“Nós, roteiristas do programa “Vai Que Cola” – Temporada 11, escrevemos esta carta para nos solidarizarmos com o roteirista André Gabeh, demitido arbitrariamente a pedido de parte do elenco da série. Queremos deixar claro que somos uma equipe que tem amor pelo “Vai que Cola” e por cada profissional que faz essa série acontecer, por isso, esta é uma carta com afeto, sem intenção de gerar conflito.
André Gabeh é um artista sério, competente, comprometido e que vinha sendo muito elogiado tecnicamente por toda a equipe, produtora Fábrica, Multishow e Globo, ao longo da temporada. São mais de 50 profissionais que acompanham o processo de criação e leitura dos textos. Os roteiros de André Gabeh sempre foram muito elogiados e aprovados com mérito, além de muitas vezes servirem como referência para nós. André Gabeh é também um escritor preto, gay e periférico, o que é importante ressaltar dentro de um contexto em que “a corda sempre arrebenta do lado mais frágil”.
Perdemos um roteirista brilhante, um dos poucos suburbanos escrevendo para personagens suburbanos. A implicância ou perseguição, por parte do elenco, com o autor não é de hoje. Desde o ano passado, André Gabeh vem sendo melindrado e diminuído. E mesmo assim, seguia exercendo seu trabalho com empenho e competência. Recebemos com consternação a notícia de que ele havia sido demitido faltando menos de um mês para encerrarmos a sala de roteiro. Nosso trabalho é feito em equipe e uma perda dessas, além de injusta, pois o mesmo nunca deixou de cumprir prazos e realizar seu trabalho com excelência, abala a todos. Somos profissionais, mas antes de tudo, seres humanos.
Como artistas, respeitamos todos os talentos que fazem do “Vai que Cola” o maior programa de humor do país. Infelizmente o respeito não é recíproco. A maioria dos roteiristas deste programa trabalha há anos no mercado, e já fez parte deste e de outros projetos muito bem-sucedidos e premiados. Temos certeza de que entregamos roteiros com qualidade, mesmo levando em conta as difíceis exigências impostas para a feitura das sinopses, escaletas e roteiros, tais como: prazos apertados, ausência de personagens importantes, indisponibilidade do elenco para gravação etc.
Atualmente a atmosfera de trabalho é de apreensão e medo, pois os roteiros recebem diversas críticas infundadas e abstratas. Críticas estas que dizem respeito, na maior parte dos casos, aos gostos pessoais e não à técnica e podem ter consequências desastrosas como a recente demissão do roteirista André Gabeh.
Gostaríamos de deixar bem claro que não somos contra as críticas construtivas que são sempre acatadas, sem discussão, quando é o caso do enriquecimento e melhoria do resultado final do roteiro. Acreditamos também que é muito saudável ter uma troca com os atores, desde que essa troca seja respeitosa de ambos os lados. Sempre estivemos abertos a fazer adaptações de maneira que cada ator ou atriz brilhe em cena e fique feliz com seu personagem. Contudo, o que vem acontecendo é uma violência psicológica.
A falta de respeito com o programa e com os roteiristas pode ser exemplificada com o fato de que parte do elenco não lê o texto antecipadamente, e não lê o roteiro em sua integridade (apenas as falas de seus próprios personagens), o que naturalmente dificulta o entendimento geral da trama de cada episódio. Pensamos que escrever um programa de comédia deve ser prazeroso, afinal, estamos levando alegria para milhões de brasileiros. Em sua maioria, trabalhadores (como André Gabeh) que fazem este país girar, que precisam rir e se distrair de suas duras realidades.
Amamos escrever para o “Vai que Cola”, mas prezamos muito pela nossa saúde mental e abrir mão dela é inegociável. Esperamos mudanças para que o “Vai que Cola” se torne um lugar saudável e acolhedor não apenas para nós, mas para todos os roteiristas que virão depois e para todos os profissionais envolvidos nessa engrenagem.
Não queremos de forma alguma que este momento seja interpretado como uma “guerra de bastidores entre elenco e roteiristas”, mas sim como um pedido de paz e respeito. Gostaríamos também de ressaltar que existem pessoas no elenco que nada têm a ver com isso, cumprindo suas funções com brilhantismo, profissionalismo e cordialidade.
Aguardamos retorno com uma proposta de ação concreta.
Atenciosamente, Equipe Roteiro “Vai que Cola” – 2023.”