O Carnaval é sinônimo de alegria, mas é preciso estar atento aos perigos que a folia pode apresentar. No primeiro dia oficial da festa, ontem, muitos foliões atentaram para os riscos da comercialização de bebidas em garrafas de vidro. O item é proibido nos circuitos e a fiscalização foi intensificada.
No Santo Antônio Além do Carmo e no Pelourinho, comerciantes seguiram à risca as recomendações da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop). A reportagem percorreu as principais ruas dos bairros e encontrou bebidas sendo vendidas por ambulantes apenas em latas de alumínios.
Nos bares, a ordem era servir as cervejas em copos plásticos, mesmo nas mesas. No Recanto do Pascoal, as garrafas de vidro voltavam para o espaço interno após abertas.
“Não está podendo deixar as garrafas em cima da mesa, a gente serve nos copos plásticos e levamos lá para dentro”, disse um funcionário.
Turista de São Paulo, o empresário Carlos Silva, de 32 anos, está em Salvador no seu primeiro Carnaval e aprovou a medida. “Dá uma sensação de segurança maior. Em festas de rua, com muita gente, é arriscado. A garrafa pode ser usada como arma durante uma briga”, disse.
Morador de Brotas, o estudante Antônio Leite estava com amigos no Pelourinho e também afirmou que se sente mais seguro. Ele lembrou que no pré-Carnaval viu muitas garrafas sendo vendidas.
“Eu tenho sempre muito medo quando vejo garrafas jogadas pelo chão. Já encontrei algumas quebradas, oferecendo o risco de alguém se cortar. Hoje está bem diferente do que foi nas outras festas”, relatou.
Secretário da Semop, Luciano Ribeiro explicou que a secretaria reforçou a fiscalização no Carnaval. “Uma garrafa de vidro por si só já é insegura dentro de uma casa, imagina milhares delas espalhadas numa festa popular. Neste caso específico existem três pessoas que podem fazer a diferença: a fiscalização, o ambulante e o consumidor”, afirmou.
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