A Controladoria-Geral da União (CGU) assumiu dois processos disciplinares movidos pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) contra o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub. O professor de ciências contábeis é investigado por abandono de cargo e, em abril, teve o salário suspenso.
A Unifesp foi informada da decisão da CGU no último dia 28. O ministério pode se tornar responsável por processos disciplinares de qualquer órgão federal, com vistas a verificar se a apuração interna foi regular e legal. Agora, os casos tramitarão na Corregedoria-Geral da União, departamento da CGU.
O ex-ministro de Jair Bolsonaro foi denunciado à Ouvidoria da universidade em abril, pelas supostas irregularidades de abandono do cargo e faltas injustificadas. No mesmo mês, teve o salário suspenso preventivamente. A esposa do bolsonarista, Daniela Weintraub, também professora, também teve a remuneração cortada.
Depois de ser demitido do governo, em 2020, Weintraub foi indicado por Bolsonaro para uma diretoria no Banco Mundial, nos Estados Unidos, onde recebia um salário de R$ 116 mil. Depois, rompeu com o então e prometeu votar nulo no segundo turno entre Bolsonaro e Lula, chamando o bolsonarismo de “corrupto e totalitário”. Não teve sucesso ao tentar se eleger deputado federal.