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Chinês preso por tráfico estava em motel com prostituta e drogas

São Paulo — Antes conhecido como um homem de negócios que costurava relações com políticos e empresários de Brasil e China, Zheng Xiao Yun foi preso pela segunda vez — nos últimos quatro anos — com uma prostituta e uma porção de metanfetamina em um motel de São Paulo.

Ele é um dos alvos da Operação Heisenberg, da Polícia Civil, que investiga uma grande quadrilha de traficantes chineses, mexicanos e nigerianos que dominam o mercado da metanfetamina na capital paulista.

Conhecido como Marcos Zheng, o empresário é uma das lideranças da Associação Chinesa do Brasil, e, por meio da entidade, tinha uma vida pública. No passado, teve até reuniões no Palácio dos Bandeirantes — sede do governo paulista. Em uma delas, esteve com banqueiros e empresários em um encontro com o então governador Geraldo Alckmin, hoje vice-presidente da República.

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Zheng Xiao Yun, o Marcos Zheng, preso por tráfico - Metrópoles

Celulares, dinheiro e passaportes apreendidos na Operação Heisenberg. Imagem: Secretaria da Segurança Pública de São Paulo
Papelotes de metanfetamina apreendidos na Operação Heisenberg. Imagem: Secretaria da Segurança Pública de São Paulo
Mala de dinheiro apreendida pelo Denarc. Imagem: Secretaria da Segurança Pública de São Paulo
Viaturas da Polícia Civil empenhadas na Operação Heisenberg. Imagem: Secretaria da Segurança Pública de São Paulo
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Traficante Pikang Dong alvo da Operação Heisenberg

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Zheng Xiao Yun, o Marcos Zheng, preso por tráfico – Metrópoles

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Celulares, dinheiro e passaportes apreendidos na Operação Heisenberg. Imagem: Secretaria da Segurança Pública de São Paulo

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Papelotes de metanfetamina apreendidos na Operação Heisenberg. Imagem: Secretaria da Segurança Pública de São Paulo

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Mala de dinheiro apreendida pelo Denarc. Imagem: Secretaria da Segurança Pública de São Paulo

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Viaturas da Polícia Civil empenhadas na Operação Heisenberg. Imagem: Secretaria da Segurança Pública de São Paulo

Secretaria da Segurança Pública de São Paulo

O calvário de Zeng começou em 2020, quando foi preso com armas de grosso calibre e uma carga de 15 mil testes de covid que, segundo a Polícia Civil de São Paulo, havia sido roubada no Aeroporto de Guarulhos. Em outubro, ele foi condenado a nove anos de prisão em razão desse processo.

Para a Justiça, não ficou provada a história do roubo, mas ainda assim, ele mantinha essa carga de testes sem origem em seu galpão, o que ficou configurado como venda de um produto de origem fraudulenta em meio à pandemia. Solto, anos depois, ele passaria a ser monitorado novamente por investigadores, desta vez, por tráfico de drogas.

Zeng e Pikang Dong

Marcos Zheng apareceu pela primeira vez na investigação a respeito da metanfetamina quando o traficante Pikang Dong, conhecido como “Rodízio”, um dos presos em um flagrante em uma ação policial que resultou na apreensão de 2 kg da droga, ocorrida dentro de um apartamento no centro de São Paulo. Na ocasião, “Rodízio” estava com a chave de uma Mercedez-Benz que pertencia a Zheng.

Mensagens bombásticas

Para além da apreensão do carro, mensagens acabaram incriminando o empresário. Nas conversas com Marcos Zheng, por exemplo, Dong cita outro criminoso com quem havia brigado e diz: “Essa pessoa merece morrer, foda-se ele”.

O endereço da empresa e da associação de Zheng é citado em constantes conversas dos traficantes como destinatários do envio de drogas.

Nas trocas de mensagens, há inclusive menção a uma negociação com um traficante mexicano que teria ocorrido no mesmo endereço ligado a Zheng. Até mesmo comprovantes de transferências bancárias relacionadas ao tráfico estão nas conversas entre Pikang Dong e Zheng.

Operação Heisenberg

A Operação Heisenberg descobriu que grande parte dos envios do delivery de metanfetamina em São Paulo tem como destinatários hotéis e motéis, porque a droga tem sido usada para “sexo químico”. Conhecida pelo termo chemsex, do inglês, a prática consiste em apimentar o sexo com o uso de drogas.

Foi justamente em um dos hoteis investigados que Zheng foi encontrado pelos policiais. Com ele, estava uma prostituta, que abriu o jogo. ela disse que cobrava R$ 1 mil por noite com o empresário e que ele se apresentava como alguém do ramo de açúcar.

Para investigadores, açúcar era apenas um codinome para droga em conversas de Zheng.

A operação foi batizada de Heisenberg, inspirada no apelido do personagem Walter White, da série televisiva Breaking Bad.

Protagonista, White é um professor de química que se torna um temido líder do tráfico de metanfetamina no Novo México. Foram cumpridos 60 mandados de prisão e 101 de buscas e apreensões, deflagradas em 17 de dezembro pela Justiça de São Paulo.

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