O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), demandou dos líderes partidários um cronograma de projetos prontos para serem votados em Plenário até o final de maio. Preocupa muito o deputado a excepcionalidade de 2024, que será de trabalhos mais “curtos” por causa do ano eleitoral.
Essa excepcionalidade pode atrapalhar os planos do cacique de fazer campanha e eleger o seu sucessor em 2025. O blog já mostrou que Lira atua ativamente para concluir a federação União Brasil/PP e que isso tornaria o seu candidato (por ora Elmar Nascimento [União Brasil-BA]) imbatível.
Entretanto, Lira quer conquistar também o apoio do governo. Ele muito se preocupa com sua situação pós-presidência da Câmara. O destino mostrou que os últimos chefes da casa não se deram muito bem depois de deixar o posto.
Para 2025 (e 2026), Lira quer estreitar a relação com Lula para se tornar ministro ou receber apoio ao Senado no ano eleitoral.
Por isso, o presidente quer pautar a desoneração da folha e o Perse (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos) para a semana santa, o que obrigará deputados a continuarem em Brasília pelo menos até quinta (28/03).
Nesta semana, a Câmara já votou o fim das saidinhas e o Novo Ensino Médio, pautas importantes para o governo que foram aceleradas pelo líder.
Lira também quer votar a regulamentação da reforma tributária até esse prazo de maio, mas isso ainda depende do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que entregará parte do texto já no mês que vem.