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Com baleado no Guarujá, número de mortos na Operação Verão chega a 51

São Paulo – Um homem morreu baleado nessa sexta-feira (22/3), no Guarujá, litoral sul de São Paulo, durante mais uma ação de policiais militares na Operação Verão. Com este caso, sobe para 51 o número de pessoas mortas desde o início da operação, que já é considerada uma das mais letais da história do estado.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública, policiais militares receberam uma denúncia de tráfico de drogas e porte ilegal de armas em um imóvel no bairro Vila Santa Rosa, no Guarujá. Na versão apresentada pelos agentes, um homem armado que estava no local resistiu à ordem de prisão e foi atingido.

“O socorro do Samu foi acionado e constatou a morte no local. Os PMs apreenderam a arma, um carregador, uma submetralhadora e um tijolo de maconha”, diz a nota da secretaria.

O caso foi registrado como tentativa de homicídio, tráfico de drogas e morte decorrente de intervenção policial na Delegacia do Guarujá.

Mortes na sexta Outras duas mortes já tinham sido registradas na sexta-feira, na cidade de Santos. A primeira ocorrência, no Saboó, aconteceu por volta das 4h20.

Segundo a SSP, os PMs foram até o local para averiguar a denúncia de tráfico de drogas e encontraram três pessoas na casa. Na versão dos policiais, dois estavam armados. Em vídeo, pessoas afirmam que policiais lavaram o local do suposto confronto.

A SSP diz que um dos suspeitos apontou uma arma para os PMs, sendo baleado na sequência. Outros dois fugiram — um deles foi preso depois ao buscar ajuda em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

A versão apresentada pelos policiais na delegacia diz que o homem baleado foi levado com vida à Santa Casa de Santos, onde morreu. Os policiais dizem também que ele tinha um revólver calibre 357, rádios comunicadores, R$ 939 e uma mochila com 610 porções de drogas entre ecstasy, haxixe, skunk, cocaína e maconha. O caso foi registrado no 5º Distrito Policial de Santos.

Na segunda ocorrência com morte registrada nesta sexta em Santos, um homem foi morto em suposto confronto com policiais do Batalhão de Choque na Avenida Dr. Rosário Batista Conte, na Caneleira, região do Morro do Tetéu. As circunstâncias não foram esclarecidas.

Denúncias contra operação A Operação Verão tem sido alvo de críticas por parte da Ouvidoria e de diversas entidades de defesa dos direitos. Representantes têm colhido uma série de relatos de abusos cometidos pelos polícias militares contra a população de bairros pobres, além de denúncias de execuções durante as ações na Baixada Santista.

Em fevereiro, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) recebeu um relatório com a informação de que PMs teriam forjado confrontos e praticado tortura, entre outros crimes.

Quando questionada, a SSP sempre afirma que tem “compromisso com a legalidade, os direitos humanos e a transparência” e que as denúncias podem ser feitas à corregedoria da corporação.

Após saber que seria denunciado à Comissão de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) por causa da operação, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse que não estava “nem aí“. “Sinceramente, nós temos muita tranquilidade em relação ao que está sendo feito. E aí, o pessoal pode ir na ONU, na Liga da Justiça, no raio que o parta, e eu não estou nem aí”, afirmou, em 8 de março.

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