Com a visita ao Japão para participar da cúpula do G7, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prossegue empenhado em tocar agendas com os principais parceiros comerciais do Brasil. Este é nono país visitado pelo petista em quatro meses e meio de mandato.
O Japão integra a lista dos 10 maiores parceiros comerciais do Brasil e é o quinto desta lista visitado pelo petista em seu terceiro mandato. Os demais, pela ordem cronológica de visitação, foram: Argentina, Estados Unidos, China e Espanha.
Em quatro meses, o presidente da República já foi recebido em oito países pelos respectivos chefes de Estado: Argentina, Uruguai, Estados Unidos, China, Emirados Árabes, Portugal, Espanha e Reino Unido, e está se encontrando com mais líderes no Japão (veja detalhes sobre isso abaixo).
Segundo a Apex, em 2022 o país asiático foi o nono principal destino das exportações brasileiras, compostas, principalmente, de bens de menor valor agregado, com destaque para as commodities agrícolas (como milho, carnes de aves, café e soja) e minerais (como minério de ferro).
Por ser a terceira economia do mundo e segunda da Ásia, o Japão é um mercado atrativo e estratégico para produtos brasileiros, visto que sua população tem alto poder aquisitivo.
Ainda segundo a Apex, o Japão é o 12º maior investidor no Brasil, com estoque de Investimento Estrangeiro Direto (IED), conversão para dólares americanos pelas paridades históricas, de US$ 22,8 bilhões em 2021.
Próximas viagensEstá previsto um périplo de Lula pela África ainda no primeiro semestre de 2023, porém, não há confirmação oficial de países. Provavelmente estarão inclusos África do Sul, Angola e Moçambique. Ao dar atenção ao continente africano, Lula se descolou dos demais presidentes em seus dois primeiros mandatos.
Lula deve passar por cirurgia até julho para corrigir problema no fêmur
Na última semana, foi anunciado que Lula precisará passar por uma cirurgia para corrigir um problema no fêmur. Com isso, deverá reduzir o ritmo de viagens por algumas semanas após retornar do Japão.
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Lula e MacronGoverno da França/Reproduçaõ
Lula se encontra com o primeiro-ministro do Japão em Hiroshima
Presidente Lula com o primeiro-ministro japonês, Fumio KishidaRicardo Stuckert/PR
Lula e Albanese no Japão
Lula e AlbaneseRicardo Stuckert/PR
presidente Lula e primeiro-ministro dos Países Baixos, Mark Rutte no Salão Leste do Palácio do Planalto 6
Lula e líder holandês em reunião bilateral em BrasíliaVinícius Schmidt/Metrópoles
Presidente Lula (PT) recebe o presidente da Argentina, Alberto Fernández, no Palácio da Alvorada 5
Lula e Alberto FernandezIgo Estrela/Metrópoles
Agenda no JapãoLula desembarcou no Japão na tarde de quinta-feira (18/5), madrugada de sexta-feira (19/5) no país asiático. O retorno está prevista para a segunda-feira (22/5). Até lá, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), exerce interinamente o comando do país.
Lula embarca para o Japão levando apenas um ministro
Diferentemente de suas primeiras viagens, quando levou vários auxiliares, desta vez Lula viajou acompanhado de apenas de um ministro: Mauro Vieira, das Relações Exteriores.
Esta é pelo menos a segunda viagem que o presidente faz sem muitos auxiliares. Na última, para a coroação do rei Charles III, em Londres, nenhum ministro acompanhou o mandatário.
No começo de abril, o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, convidou Lula para participar da reunião e fazer uma visita oficial ao país. O G7 reúne sete dos países mais ricos do mundo: Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido.
Reuniões bilateraisEm Hiroshima, na cúpula que termina neste domingo (21/5), Lula tem se esforçado para fazer reuniões bilaterais reservadas, incluindo uma reunião com o próprio Fumio Kishida.
As conversas incluíram líderes de países em desenvolvimento, como Indonésia e Vietnã, mas tiveram maior foco nos grandes pareceiros comerciais e diplomáticos do Brasil, como Alemanha e França.
Com o francês Emmanuel Macron, Lula debateu o tema da Cúpula para um novo pacto financeiro mundial, que será realizada em Paris nos dias 22 e 23 de junho. Os dois discutiram, de acordo com o Itamaraty, a necessidade de continuar a luta contra a desigualdade e, paralelamente, a luta pelo clima e pela biodiversidade nos países mais pobres, a reforma dos bancos multilaterais de desenvolvimento e a segurança alimentar.
A economia também fez parte da conversa de Lula com o chanceler alemão, Olaf Scholz.