Moradores e comerciantes da rua Bela Cinta, no bairro dos Jardins, no centro de São Paulo, vivem dias difíceis por causa de uma grande obra na localidade, que teve início na última segunda-feira, 10, para reestruturação de galerias pluviais. Há diversas máquinas na rua e trabalhadores circulando. A reclamação de quem mora ou trabalha por lá é de que foram avisados de última hora sobre as obras. A previsão é de que a operação tenha um tempo total de seis meses em diversos trechos. Outras diligências tem sido feitas na rua Haddock Lobo e na Dr. Melo Alves, ambas localizadas na região. A reportagem da Jovem Pan News foi apurar os danos que os comerciantes tem alegado sofrer por conta das obras. “Todo esse quadrilátero ficou paralisado. O acesso ficou difícil. Nós somos empresários, temos restaurantes e bares, e estamos sem informação de como vai ser feita essa obra, que deve durar cerca de seis meses pelo o que informaram a gente. O prejuízo com certeza virá”, afirma Mara Santala, dona de um dos restaurantes da rua.
Os comerciantes e moradores da região reivindicam que ao menos uma das faixas da rua fosse liberada para o tráfego de veículos. Contudo, o planejamento da obra interditou a via na direção de quem vai à avenida Paulista. “O que a gente espera ainda é que venha alguém e faça um gerenciamento melhor do tráfego na área para a gente poder pelo menos passar pela rua. O que eu nem sei se vai ser possível, porque uma hora falam que vão interditar totalmente e outra hora falam que vão deixar a passagem de uma faixa”, destacou Mara. O dono de outro restaurante da localidade, Carlos Bettencourt, afirmou que os empresários foram pegos de surpresa com a situação: “Saímos de um pandemia há poucos meses atrás e agora estamos enfrentando uma outra dificuldade, que ao meu ver poderia ter sido muito mais bem ordenada e mais bem planejada. Foi um começo ruim e fomos pegos de surpresa, nós, os moradores e todos os colegas de lojas e outros comércios”.
De acordo com Bettencourt, uma reunião foi realizada entre moradores, empresários, representantes da Prefeitura e do Conselhos Comunitário de Segurança (Conseg) da região para que as reivindicações sejam atendidas: “Nós sentimos que há uma boa vontade dos órgãos envolvidos, a Siurb, a CET e a própria construtora que está fazendo a obra. Há uma boa vontade de todos para que esta obra transcorra o melhor possível, porque ela realmente é emergencial e a situação é grave”.
*Com informações do repórter David de Tarso