InícioNotíciasPolíticaConstrução prevê crescer com Minha Casa Minha Vida e emergência no RS

Construção prevê crescer com Minha Casa Minha Vida e emergência no RS

A indústria da construção civil projeta um segundo semestre de 2024 mais promissor do que o primeiro, quando o setor “andou de lado”, com atividade semelhante ao mesmo período do ano passado.

Os principais fatores que podem influenciar o momento do setor são novos lançamentos imobiliários nas maiores cidades do país, incluindo o programa Minha Casa Minha Vida, o início de obras públicas contratadas até três meses antes das eleições municipais, limite imposto pela lei eleitoral, e a reconstrução do Rio Grande do Sul.

“Há uma expectativa de melhora das condições atuais. O setor deve pegar maior tração a partir de agora, influenciado pelo Minha Casa Minha vida e também em parte pela reconstrução que vai acontecer no Rio Grande do Sul”, afirma Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Confiança em alta A entidade divulgou nessa segunda-feira (27/05) a Sondagem da Indústria da Construção, que mostrou que a confiança das empresas do setor no futuro se mantém em alta, com 51,7 pontos em abril. Segundo a metodologia da pesquisa, isso indica que os empresários da construção esperam a retomada dos empreendimentos, do investimento e do emprego para os próximos seis meses.

Além disso, a intenção do empresário da construção de investir nos próximos meses ficou em 45,9 pontos em maio, número bem acima da média histórica calculada pela CNI, de 37,4 pontos. O número de maio deste ano também foi maior do que os mesmos meses de 2022 e 2023.

A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) informou que não é possível prever o tamanho da influência da reconstrução de estruturas públicas e privadas no Rio Grande do Sul por causa da tragédia que assola os gaúchos, mas acredita que deve influenciar positivamente na atividade do setor nos meses finais de 2024. A instituição previu, antes dos acontecimentos no RS, um crescimento de 2,5% do PIB do setor neste ano.

Imóveis econômicos “O desempenho do setor também vai depender muito da quantidade de lançamentos de imóveis mais econômicos, tanto dentro quanto fora do Minha Casa Minha Vida”, explicou Ieda Vasconcellos, economista da CBIC.

Os imóveis mais baratos e com juros mais baixos devem ser o principal impulso do setor, uma vez que o alto preço do metro quadrados dos imóveis de padrão mais elevado e os juros do crédito imobiliário em alta devem segurar as vendas nos extratos de mais alta renda.

O otimismo de parte do setor não necessariamente reflete em todo o mercado. Para o segmento do vidro, importante insumo da construção civil, uma melhora do mercado agora só será sentida pelas empresas do segmento daqui a 24 meses.

“Ainda que haja lançamentos imobiliários no segundo semestre, nosso setor só vai entregar insumos para as construtoras em média 2 anos depois do início das vendas, então 2024 vai ter o mesmo nível de atividade do que o ano passado”, explicou Rafael Ribeiro, presidente da Associação Brasileira de Distribuidores e Processadores de Vidros Planos (Abravidro).

Segundo pesquisa divulgada nessa terça-feira (28/5) pela instituição, em 2023, o setor teve atividade 9,7% menor do que no ano anterior. Ou seja, a estabilidade em 2024 vem depois de um ano ruim.

São Paulo O maior mercado do país, a cidade de São Paulo, também depende muito de novos lançamentos para voltar a crescer. “E isso está difícil neste momento de aprovação final do Plano Diretor da cidade. As construtoras ainda estão na fase de aprovação de projetos, ou seja, 2024 deve ser de estagnação na cidade, com as vendas concentradas no estoque já existente”, resumiu Yorki Stefan, presidente do Sindicato da Indústria da Construção de São Paulo (Sinduscon-SP).

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