O grupo governista, liderado pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT), pode mais do que dois candidatos ao Senado, em 2026. Em entrevista ao Bahia Notícias no Ar, da Antena 1 Salvador 100.1 FM, o senador Angelo Coronel (PSD) revelou que pode colocar o próprio nome à disposição da população em uma “chapa independente”, fora da majoritária do atual governador.
“Se eu não for para a chapa, eu posso ter o direito de ter candidatura única. Quantas vezes em Salvador já teve vários candidatos a prefeito do mesmo agrupamento politico, chegou no segundo turno e teve união. Defendo que todos os partidos deveriam ter candidaturas ao Senado, como tem para deputado federal e estadual”, comentou o parlamentar durante entrevista aos apresentadores Maurício Leiro e Rebeca Menezes.
“Se eu não fosse o escolhido [pelo PSD], até pelo direito constitucional que me dá de disputar a reeleição, não estaria falando com nenhum órgão de imprensa da Bahia. Evidente que tem alguns amigos que são mais tranquilos, não quero fazer uma pressão, mas eu não considero pressão. É um direito adquirido, quem julgará se eu serei senador por mais oito anos será o povo da Bahia”, acrescentou Coronel.
O senador ainda reforçou que “cada partido vai procurar seu espaço”. “O PSD, por ser o maior do estado da Bahia, não vai aceitar que ninguém escolha a posição que vai jogar na chapa. Não é o PT que vai escolher qual vai ser nossa posição. Quem vai escolher é o nosso partido na reunião da nossa executiva. Não aceitamos que partido nenhum meta o bedelho na nossa arrumação. Somos aliados, mas não somos subordinados. Aliado sendo bem tratado, a aliança continua. Espero que o espaço do PSD, o Senado, continue sendo candidato a reeleição com o apoio de todo o grupo”, completou.
A divisão dos espaços na chapa majoritária para 2026 ainda segue sendo debatida. Com cenário indefinido, o governador Jerônimo Rodrigues já confirmou que busca a reeleição no estado, além do senador Jaques Wagner (PT) apontar o desejo por buscar mais um mandato. Outro ponto ainda pendente e que deve movimentar a organização da chapa é o desejo do atual ministro da Casa Civil, Rui Costa, em pleitear uma cadeira no Senado.