O deputado distrital Gabriel Magno (PT) pediu a reconvocação do coronel Jorge Eduardo Naime à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos. Ex-comandante de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), Naime já prestou depoimento aos distritais, mas a oitiva do general do Exército Gustavo Henrique Dutra apontou um conflito de versões.
Magno cita as “contradições” das falas para pedir que Naime seja ouvido novamente. O PM chegou a dizer que as forças de segurança do DF foram chamadas para desmobilizar o acampamento golpista em frente ao Quartel-General do Exército por mais de uma ocasião, mas que o Comando Militar do Planalto (CMP), que Dutra estava a frente, havia ordenado o recuo.
Ele ainda citou uma briga entre o general do Exército e o então interventor da segurança pública do DF, Ricardo Cappelli, em que Dutra teria impedido prisões na noite de 8 de janeiro, após a tentativa de golpe.
O general rebateu as acusações de Naime de que teria impedido a desmobilização do acampamento golpista e argumentou que a detenção dos golpistas foi coordenada para evitar mortes, acontecendo dia 9, inclusive, após acordo com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Próxima sessão A reconvocação está pautada para ser votada na sessão da CPI desta quinta-feira (1º/5). Além desse requerimento, os deputados vão apreciar o requerimento da convocação de Flávio Silvestre de Alencar, major da PMDF preso em 23 de maio, durante a 12ª fase da Operação Lesa Pátria.
No dia do ato golpista, ele ordenou a saída do Batalhão de Choque da lateral do Congresso Nacional, argumentando que seria uma ação necessária para resgatar o então comandante-geral da Polícia Militar do DF, coronel Fábio Augusto Vieira, e outros policiais feridos. Além dos requerimentos, a CPI vai ouvir o general Augusto Heleno, ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL).