Conjunto estava no acervo pessoal do ex-presidente, mas Tribunal de Contas da União determinou devolução
WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO
O advogado Paulo Amador da Cunha Bueno entregou nesta sexta-feira, 24 de março de 2023, o segundo conjunto de joias
O advogado de defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entregou nesta sexta-feira, 24, o segundo estojo de joias recebido pela comitiva do Ministério de Minas e Energia de autoridades da Arábia Saudita. A devolução, realizada pelo advogado Paulo Cunha Bueno em uma agência da Caixa Econômica Federal, em Brasília, acontece após o Tribunal de Contas da União (TCU) decidir, por unanimidade, que apenas itens de pequeno valor e de caráter pessoal devem ser incorporados ao acervo privado do presidente da República. O conjunto é composto por cinco itens: um relógio, um anel, um par de abotoaduras, uma caneta e um terço, todos da marca suíça Chopard. As joias, presente do príncipe Mohammed bin Salman Al Saud, entraram no Brasil em outubro de 2021, com a comitiva do ministério, após o ex-ministro Bento Albuquerque participar de um evento do governo saudita. Al Saud também havia entregue ao governo brasileiro um outro estojo, com um colar, um anel, um relógio e um par de brincos de diamantes, mas a Receita apreendeu esses itens no Aeroporto de Guarulhos porque eles foram avaliados em R$ 16,5 milhões. A defesa de Bolsonaro também vai entregar à Polícia Administrativa da Polícia Federal, no edifício da corporação, também em Brasília, as armas recebidas pelo ex-presidente como presente dos Emirados Árabes Unidos.