O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, fechou o mês de setembro em 0,29%, segundo dados divulgados nesta terça-feira (3/10) pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
O resultado do mês passado interrompe uma sequência de três quedas consecutivas do índice. Em agosto, o IPC-Fipe teve deflação de 0,2%; em julho, o recuo foi de 0,14%; em junho, de 0,03%.
Deflação é a queda média de preços de produtos e serviços, que ocorre de forma contínua. Trata-se de uma “inflação negativa” – ou seja, abaixo de zero.
No acumulado do ano, até setembro, a inflação acumulada medida pela Fipe na cidade de São Paulo é de 2,01%. No período de 12 meses, o índice está em 3,51%.
Neste mês, quatro dos sete componentes do IPC-Fipe registraram aceleração dos preços: habitação (de -0,2% para 0,47%), alimentação (-1,03% para -0,78%), transportes (0,31% para 0,61%) e despesas pessoais (-0,13% para 1,45%).
Em setembro, segundo a Fipe, houve desaceleração em saúde (0,82% para 0,48%), vestuário (0,53% para 0,27%) e educação (0,13% para 0%).
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Inflação é o termo da economia utilizado para indicar o aumento generalizado ou contínuo dos preços de produtos ou serviços. Com isso, a inflação representa o aumento do custo de vida e a consequente redução no poder de compra da moeda de um país KTSDESIGN/SCIENCE PHOTO LIBRARY / Getty Images
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Em outras palavras, se há aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda Olga Shumytskaya/ Getty Images
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Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles Javier Ghersi/ Getty Images
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No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras boonchai wedmakawand/ Getty Images
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De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas Eoneren/ Getty Images
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No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moeda selimaksan/ Getty Images
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No bolso do consumidor, a inflação é sentida de formas diferentes, já que ela não costuma agir de maneira uniforme e alguns serviços aumentam bem mais do que outros Adam Gault/ Getty Images
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Isso pode ser explicado pela forma de consumo dos brasileiros. Famílias que possuem uma renda menor são afetadas, principalmente, por aumento no preço de transporte e alimento. Por outro lado, alterações nas áreas de educação e vestuário são mais sentidas por famílias mais ricas Javier Zayas Photography/ Getty Images
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Ao contrário do que parece, a inflação não é de todo mal. Quando controlada, é sinal de que a economia está bem e crescendo da forma esperada. No Brasil, por exemplo, temos uma meta anual de inflação para garantir que os preços fiquem controlados. O que não pode deixar, na verdade, é chegar na hiperinflação – quando o controle de todos os preços é perdido coldsnowstormv/ Getty Images