O Tribunal Regional Eleitoral da Bahia se reunirá nesta próxima quinta-feira (13), para julgar o processo nº 761.803/2010, onde a deputada é acusada de “captação ilícita de sufrágio”, crime popularmente conhecido como “compra de votos”.
Entenda o caso
Em 3 de outubro de 2010, dia das eleições para deputado, a Polícia Federal desbaratou, na cidade de Buerarema, vizinha à Itabuna, um esquema de compra de votos que culminou na prisão do prefeito daquele município, Orlando Filho, primo da deputada Cláudia Oliveira.
A Polícia Federal apreendeu na casa do prefeito Orlando Filho cerca de 40 mil reais, distribuídos em milhares de envelopes que continham, além de dinheiro, “santinhos” pedindo voto para a deputada. Também foram apreendidas armas de diversos calibres, munição, diversos documentos incriminando a deputada e uma relação de eleitores e seções eleitorais. A investigação foi baseada em escutas telefônicas autorizadas pela Justiça.
Cláudia poderá ser a primeira deputada “cassada” da Bahia
A deputada, acusada de comandar o esquema, foi denunciada pelo Procurador Regional da República pela prática do crime previsto no art. 299 do Código Penal, que prevê penas de 1 a 4 anos de prisão.
Advogados que tiveram acesso ao processo afirmam que as provas são robustas, e que tudo indica que Cláudia Oliveira será condenada. Além da pena de prisão, a deputada será a primeira deputada da Bahia a perder seu mandato pelo crime de compra de votos, ficando ainda inelegível por 8 anos, encerrando qualquer pretensão em relação à sua candidatura a prefeitura de Porto Seguro.
Votação sob os olhares da população
Os desembargadores Josevandro Andrade e Carlos Alberto Dultra Cintra, ambos do TRE baiano, estarão na sessão de quinta-feira. Ambos aparecem no vídeo onde Claudia debocha do dinheiro público.
Fonte / Toda Hora Notícias