Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, Mendonça Filho falou sobre a decisão do presidente da Câmara, Arthur Lira
Reprodução/Jovem Pan News
Deputado Mendonça Filho durante entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), decidiu nesta terça-feira, 1º, adiar, por tempo indeterminado, a votação do novo arcabouço fiscal na Casa de Leis. A decisão foi tomada durante reunião com lideranças partidárias. Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, o deputado federal Mendonça Filho (União Brasil – PE) falou que o “quadro político não é claro”. O parlamentar também criticou o adiamento da votação. “Quando se iniciou o recesso parlamentar, se tinha como certo e definido que o arcabouço seria a primeira matéria ser votada pela Câmara na retomada dos trabalhos. Lamentavelmente o quadro político não é claro. Há um processo de negociação intenso envolvendo o governo do PT e forças do Centrão, que não chegaram a uma conclusão. Estão impedindo que a pauta Legislativa possa avançar, inclusive, o arcabouço fiscal, o que é lamentável. Para a economia brasileira poder avançar precisa ter uma estrutura de disciplina estrutura fiscal, que garanta estabilidade e redução na dívida pública”, comentou. Como mostrou o site da Jovem Pan, no retorno do recesso parlamentar, Lira cobra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por cargos para mais partidos, enquanto o governo adia decisões sobre a aguardada reforma ministerial. “A escolha de ministros para a formação de um ministério é prerrogativa exclusiva do presidente da República. Cabe a ele estabelecer um diálogo republicano com as direções e os líderes partidários. Continuo trabalhando junto a eles para fazer a composição adequada para o governo obter a necessária sustentação política no Congresso Nacional, conforme diálogo mantido com o presidente da República, após a votação da reforma tributária. À presidência da Câmara dos Deputados cabe, prioritariamente, manter a relação institucional com a Presidência da República para buscar a aprovação de matérias de interesse do país”, escreveu o presidente da Câmara em suas redes sociais. De acordo com o colunista Claudio Dantas, da Jovem Pan News, o Planalto trabalha com a possibilidade de adiar a reforma ministerial, em razão dos sinais positivos na economia. Oficialmente, ministros do núcleo político do governo devem seguir prometendo cargos nas próximas semanas, a fim de obter a aprovação do arcabouço fiscal. Na semana passada, Arthur Lira já havia falado sobre “atropelos” na condução das discussões sobre a reforma na Esplanada dos Ministérios.
Confira a íntegra da entrevista com o deputado federal Mendonça Filho (União Brasil – PE):