Na sessão presidida pelo senador Rodrigo Pacheco (PSD), será lida a mensagem enviada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com os temas e projetos considerados prioritários pelo Palácio do Planalto em 2023
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Fachada do palácio do Congresso Nacional, localizado em Brasília, com a Câmara dos Deputados à direita e o Senado Federal à esquerda
Nesta quinta-feira, 2, ocorre a cerimônia que marca o início do ano na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, marcada para as 15h. Na sessão presidida pelo senador Rodrigo Pacheco (PSD), será lida a mensagem enviada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O texto abordará os temas e projetos considerados prioritários pelo Palácio do Planalto em 2023. O governo Lula completou um mês nesta quarta-feira, 1º, e em um vídeo para marcar a data, o presidente pediu paciência até que os resultados comecem a aparecer: “A gente vai melhorar a qualidade da saúde do nosso povo, a gente via melhorar a qualidade do salário do nosso povo e agente vai tratar o povo com muito mais dignidade, decência e respeito. Eu tenho certeza que o Brasil vai voltar a crescer. Tenho recebido e conversado com muita gente, está todo mundo otimista e eu sou o mais otimista de todos os brasileiros (…) Eu ainda quero dizer para vocês, um pouco de paciência faz com que a gente vá colher as melhores maçãs, as melhores jabuticabas, as melhores laranjas e, porque não dizer, a gente vai colher os melhores dias que nós vamos viver nesse país”.
O apelo reverberou entre boa parte dos parlamentares que reelegeram Pacheco e Arthur Lira (Progressistas) para mais dois anos no comando do Congresso. Contudo, o resultado das disputas internas, principalmente o bom desempenho de Rogério Marinho (PL) na disputa pelo Senado, animaram a oposição. Em entrevista à TV Câmara, o deputado Aécio Neves (PSDB) criticou as primeiras ações do PT e pediu uma oposição de centro do PSDB: “O parlamento vai ter que estar muito atento para que não se desmontem as conquistas que são do povo brasileiro e foram realizadas, tanto na Câmara, quanto no Senado. Acho que o centro terá um papel extremamente estratégico e talvez mais relevante do que em outros momentos, dada a radicalização que tomou conta da política brasileira nos últimos anos. O nosso papel é esse, radicalizar no centro, na convergência. Eu vou ajudar, e meu partido vai fazer isso também, por uma agenda que seja do parlamento, repito, não a agenda do governo e muito menos a agenda da oposição”.
Em entrevista à Jovem Pan News, o senador Flávio Bolsonaro (PL) disse que as vitórias de Pacheco e Lira não garantem a aprovação automática de projetos do governo: “Os interesses que se convergem para a eleição dos presidentes das casas, não necessariamente vão se convergir também na hora das votações dos projetos mais importantes aqui, ou nas mensagens que vierem do Governo Federal para serem apreciadas pelo Congresso Nacional. A partir de amanhã começa uma nova organização, com a definição de quais partidos vão ser representados em quais comissões”. Já o senador e ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias (PT), afirmou que a manutenção do atual comando da Câmara e do Senado vai impulsionar a agenda econômica de Lula: “Certamente esse resultado de hoje tem uma força potente para colocar o Brasil em condições de crescimento social e crescimento econômico. Eu comemoro e, se Deus quiser, vamos honrar esse momento com muito trabalho”. Entre as principais metas citadas, tanto por integrantes do governo, quanto por Lira e Pacheco, está a aprovação da reforma tributária”.
*Com informações do repórter Paulo Edson Fiore