Prefeito do Rio Janeiro entrou em rota de colisão com os ex-aliados após exonerar Marcus Vinícius Medina Costa da Secretaria de Habitação
Tânia Rêgo/Agência Brasil
Decisão de Paes é vista por aliados como um risco calculado
O cenário político do Rio de Janeiro sofreu uma mudança significativa com o rompimento entre o prefeito Eduardo Paes (PSD) e o partido Republicanos, anteriormente liderado pelo ex-prefeito Marcelo Crivella. Esse rompimento marca uma nova fase nas relações políticas da cidade, apesar de não ser uma total surpresa. A causa imediata dessa ruptura foi a exoneração de Marcus Vinícius Medina Costa, secretário municipal de Habitação, uma decisão tomada por Paes em meio a controvérsias envolvendo uma ONG e a Fundação Ceperj, esta última envolvida em escândalos que quase comprometeram a elegibilidade do governador Cláudio Castro (PL). A ONG em questão, ligada à família Brasão, implicada no assassinato de Marielle Franco, estava supostamente envolvida em irregularidades relacionadas a emendas parlamentares e possíveis favorecimentos em concorrências públicas. Essa situação levou Paes a detectar um “sinal de fumaça” e agir para evitar maiores complicações.
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Apesar das divergências e do recente rompimento, a política do Rio de Janeiro segue sendo um campo aberto a negociações e realinhamentos. A decisão de Paes é vista por aliados como um risco calculado, com possíveis repercussões nas eleições municipais de 2024, mas também reflete a natureza dinâmica e por vezes imprevisível das alianças políticas na cidade. Novas conversas entre as partes envolvidas podem ocorrer, especialmente com a proximidade das eleições de 2026, quando o Rio elegerá dois senadores da República.