O depoimento de John Textor, dono da SAF (Sociedade Anônima de Futebol) do Botafogo, à CPI das Apostas Esportivas do Senado trouxe novas acusações envolvendo juízes de futebol e clubes do Campeonato Brasileiro. Baseando-se em relatórios da empresa Good Game!, especializada em análise de jogos, o americano afirmou que a manipulação de resultados é uma realidade no futebol brasileiro. “Eu só posso afirmar que eu nunca fiz nenhuma acusação contra um clube ou contra pessoas que não possam estar por trás de manipulação de resultados, como em 2022. A tecnologia que utilizamos prova, como vou demonstrar na sessão secreta, quando vou divulgar o nome de pessoas, dirigentes e árbitros”, disse Textor aos senadores.
As acusações surgem após o Botafogo ter contratado a Good Game! em 2023 para emitir relatórios sobre partidas do Brasileirão, os quais detalham erros de arbitragem e atitudes suspeitas de atletas. Textor afirmou que a metodologia da empresa não revela as razões por trás das manipulações esportivas, mas como ocorreu a fraude. “A manipulação de resultados é como um truque de mágica de David Copperfield. É um desânimo no momento em que você deveria entregar toda a energia. A manipulação dos resultados acontece a cada momento, e agora nós temos a capacidade de revelar o que ocorre por trás”, destacou o dirigente à CPI.
O senador Carlos Portinho (PL-RJ) contestou as conclusões de Textor, alertando que é “perigoso olhar só para o comportamento do atleta” e afirmar que erros no futebol tenham o objetivo de fraudar resultados. Após perder para o Palmeiras por 4 a 3, o dirigente botafoguense fez duras críticas à arbitragem e ao presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, pedindo sua renúncia. Textor prometeu apresentar à CPI todos os documentos que embasaram suas críticas e acusações, mas agora afirma que as provas só serão entregues em uma parte secreta da reunião.
Publicada por Felipe Cerqueira
Reportagem produzida com auxílio de IA