O ditado que diz que “é de aplaudir de pé” se encaixa na vida e obra de Pedro Paulo Rangel. O ator, que morreu nesta quarta-feira (21/12), por complicações de um enfisema pulmonar, aos 74 anos, foi homenageado com uma salva de palmas e uma série de depoimentos no Encontro.
“Acho que para um ator, toda vez que entrevistei um ator, ele falou sobre o aplauso como forma de maior reconhecimento. Então aqui em um improviso, vou pedir para vocês que a gente possa encerrar o programa de hoje, desta quarta-feira, com os aplausos, o reconhecimento que um grande ator como foi Pedro Paulo Rangel merece. Então vamos nessa?”, convidou Patrícia Poeta.
A plateia logo atendeu o pedido e se colocou de pé para celebrar a vida e obra do ator. Um pouco antes do fim do programa, Patrícia e Manoel Soares conversaram com algumas pessoas do público sobre o ator.
Em conversa com um dos espectadores, Manoel falou sobre a alegria do artista. “Francisco, você gostava da alegria que ele trazia. Mas como assim? Você nem conhecia ele pessoalmente, de onde vem essa conexão de alegria?”, questionou.
O homem logo tratou de revelar que é noveleiro e sempre acompanhou a carreira de Rangel. “Assisti muita coisa com ele, acabou de reprisar a novela O Cravo e a Rosa, então lembro dele assim, pela comédia. Um ator comediante”, disse Francisco.
Mais homenagens a Pedro Paulo Rangel
O ator também recebeu homenagens especiais durante o programa Encontro, apresentado por Patrícia Poeta e Manoel Soares. Além dos apresentadores, artistas que dividiram cena com ele fizeram questão de reconhecer as qualidades de Pepê, como era chamado pelos amigos.
Vanessa Gerbelli, que contracenou com ele em O Cravo e a Rosa, lembrou o tanto que pode aprender com o amigo. “Foi uma grande inspiração para mim. Era o meu primeiro trabalho na televisão e aprendi demais com ele. Observava ele e a Ana Lúcia Torre, então eles foram a minha escola ali”, lembrou.
A manhã no Encontro também contou com a participação de outros atores que contracenaram com ele em O Cravo e a Rosa. Du Moscovis, que fazia o protagonista Petruchio, comentou que tem inúmeras lembranças com o amigo.
“São inúmeras, muitas, e sempre muito potentes no sentido do aprendizado. Ele dizia que cada personagem está no rascunho, que a gente é sempre um esboço. Eu levo esse ensinamento para mim como ator e também na vida”, disse Moscovis.
Par romântico de Rangel na trama de Walcyr Carrasco, Suely Franco, a eterna Mimosa, também lembrou os bons momentos que viveu com ele. “Nós éramos muito amigos, de muitos anos. Lembro tanto de 1970, fazendo peça em São Paulo, ele me ensinando a dirigir, a gente se divertia muito. Ele era maravilhoso, um amigo inesquecível”, observou.
Ela ainda disse que espera que o amigo esteja “feliz lá em cima” e mostrou que acredita que ele vai encontrar com outros amigos, que também já morreram. “Ele merece essa felicidade. Meu amigo, a gente se encontra lá”, finalizou a atriz.
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