Um grupo de entidades da sociedade civil pede o fim do sigilo no processo no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) contra o procurador-geral de Justiça de Minas Gerais, Jarbas Soares Junior.
A investigação foi aberta para apurar a proximidade do chefe do MP de Minas Gerais com o empresário Lucas Kallas, do setor de mineração, de quem ganhou uma carona de Miami a Belo Horizonte, mas depois foi arquivada pela corregedoria.
Agora, o CNMP vai julgar um recurso de um grupo de promotores que pede o desarquivamento. Como mostrou o repórter Luiz Vassallo, a sessão deve ocorrer na próxima terça-feira (14/10) a portas fechadas, sem transmissão por vídeo.
Uma carta assinada por organizações ambientais de Minas Gerais, que também pediram a investigação do chefe do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), pede que o sigilo do processo seja levantado.
Segundo eles, Jarbas Soares Junior “teria praticado uma série de atos incompatíveis com a função de chefe da instituição, cuja missão constitucional é a de zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados na Constituição Federal de 1988”.
A carta é assinada pela Frente Mineira de Luta das Atingidas e Atingidos pela Mineração, Ação Franciscana de Ecologia e Mineração, Associação das Pessoas Atingidas por Mineração, Movimento pelas Serras e Águas de Minas, SOS Serra da Piedade, Rede Igrejas e Mineração, entre outros ativistas e organizações.