A Escola Municipal Abrigo Filhos do Povo, uma das mais antigas de Salvador, no bairro da Liberdade, vai ampliar o número de vagas de aluno depois de uma reforma. A unidade vai receber até 550 alunos por turno, um aumento de cerca de 265% das vagas ofertadas. A previsão de entrega é para este segundo semestre de 2023. As obras estão sendo realizadas pela Secretaria Municipal da Educação (Smed), através da Diretoria de Infraestrutura da Rede Escolar (Dire). A nova estrutura será composta por 16 salas de aula climatizadas, auditório, biblioteca, sala para Atendimento Educacional Especializado (AEE), além de acessibilidade total, banheiro para pessoas com deficiência (PCD) e quadra poliesportiva coberta. O secretário da Smed, Thiago Dantas lembrou que a ideia é seguir avançando na qualidade ofertada aos alunos. “Nossas escolas têm padrão de qualidade altíssimo, com equipamentos que garantem aprendizado, conforto e segurança para nossos alunos. Vamos seguir com nosso propósito, que é avançar como referência em qualidade da educação pública”, diz. O diretor de infraestrutura da Smed, Artur Silva, falou sobre a obra. “Essa reforma atende uma demanda da comunidade. Apesar da modernização do espaço, vamos tentar manter as características do imóvel. O local vai receber um revestimento cerâmico, além de ser totalmente climatizado, o que vai garantir um conforto térmico para os alunos. Além disso, outras melhorias também serão realizadas, por exemplo, na rede elétrica e de drenagem”, contou. Além da Escola Municipal Abrigo Filhos do Povo, também serão reformadas outras 28 unidades escolares da rede municipal de ensino na capital baiana. História A instituição foi criada em 1918 como Abrigo Filhos do Povo, na então Estrada das Boiadas, atualmente Rua Lima e Silva, tendo como principal idealizador o mascate Raymundo Frexeiras. A proposta era atender às crianças e adolescentes, filhos de proletários, de lavradores e de negros libertos e mestiços que viviam no distrito Santo Antônio, atual bairro da Liberdade. Nos primeiros anos, a instituição contou com a ajuda e administração de pessoas influentes. Dentre elas estão o educador Anísio Teixeira, o jornalista Ernesto Simões Filho, o médico e político José Aguiar Costa Pinto, o pai de Irmã Dulce, Augusto Lopes Pontes – que cedeu o terreno para a construção da escola, e posteriormente a própria Irmã Dulce.
