Um novo estudo realizado pela Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, descobriu que o sexo pode ajudar mães de filhos com transtorno do espectro autista (TEA) a evitar os efeitos nocivos do estresse, especialmente os distúrbios metabólicos.
A pesquisa, publicada na revista Psychoneuroendocrinology, examinou os efeitos do sexo na redução do estresse em mães que cuidam de crianças com autismo. As descobertas indicam que mulheres sexualmente ativas tinham níveis mais saudáveis de hormônios em comparação com aquelas sexualmente inativas.
Para chegar ao resultado, 183 mães, com idades entre 20 e 50 anos e com pelo menos um filho entre 2 e 16 anos, participaram do estudo durante dois anos. Elas foram divididas em grupos de alto e baixo estresse com base nas pontuações na Escala de Estresse Percebido (PSS, em inglês).
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As participantes também foram submetidas a avaliações. Neste período, as mães realizaram visitas clínicas e responderam a questionários sobre vários assuntos, incluindo sexo. Foram consideradas sexualmente ativas as mulheres que relataram atividade sexual pelo menos uma vez durante cada período analisado.
Por fim, o estudo mediu vários indicadores metabólicos importantes, incluindo insulina, resistência à insulina, leptina e grelina. Além disso, os pesquisadores consideraram outras variáveis, como atividade física e satisfação no relacionamento, para ver se elas se sobrepõem aos efeitos da atividade sexual.
Conclusão Os resultados mostraram diferenças significativas na saúde metabólica entre mães com alto e baixo estresse. Mães com alto estresse apresentaram níveis mais elevados de insulina e níveis mais baixos de grelina. Essas diferenças, por sua vez, foram notavelmente influenciadas pela atividade sexual.
Outro ponto analisado é que, entre as mães sexualmente inativas e do grupo de alto estresse, os resultados metabólicos foram muito piores do que o grupo de baixo estresse. Em contrapartida, as mães sexualmente ativas não exibiram diferenças significativas nos seus perfis metabólicos.
Transtorno do Espectro Autista (TEA) Com isso, os pesquisadores sugerem que a atividade sexual pode mitigar os efeitos do estresse crônico em mães de filhos com autismo. Isso pode ajudar a manter níveis mais saudáveis de insulina e grelina.
“As nossas descobertas sugerem que os prejuízos relacionados ao estresse na saúde metabólica foram significativamente reduzidos entre aquelas que eram sexualmente ativas”, explicou o autor do estudo, Yoobin Park, ao portal norte-americano PsyPost.
Sexo e saúde O estresse de longo prazo é prejudicial ao corpo, aumentando o risco de doenças cardíacas, diabetes, depressão, acidente vascular cerebral e obesidade. No entanto, o estudo demonstrou que a atividade sexual pode ajudar a prevenir tais problemas.
“A atividade sexual emergiu como uma candidata promissora devido aos seus efeitos no alívio do estresse e ao seu impacto positivo em processos como o sono. Até onde sabemos, nenhum trabalho anterior examinou se o sexo pode amortecer os efeitos do estresse, portanto, a pesquisa foi de natureza exploratória, com o objetivo de preencher essa lacuna”, finalizou Yoobin Park.