Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), será o primeiro a prestar depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro. Ele é investigado por usar o cargo para permitir bloqueios em rodovias durante manifestações contra o resultado das eleições de outubro do ano passado. No fim do ano, a PRF decidiu conceder aposentadoria compulsória ao então diretor, um dia depois de ser exonerado do cargo pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. A CPMI marcou a oitiva de Vasques para as 9h da próxima terça-feira, 20. Para o dia 22, na quinta-feira da semana que vem, a comissão marcou o depoimento de George Washington de Oliveira Sousa, preso por tentativa de explodir uma bomba próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília, no fim do ano passado. No mesmo dia, o colegiado receberá Valdir Pires Dantas Filho, perito da Polícia Civil do Distrito Federal, responsável por desarmar a bomba. O ex-diretor da PRF e George Washington serão ouvidos na condição de convocados, ou seja, são obrigados a comparecer à sessão da CPMI.
As datas foram divulgadas no calendário prévio definido pela mesa de trabalho da CPMI na manhã desta quarta-feira, 14. Ontem, o colegiado realizou sua segunda sessão, com a análise dos primeiros requerimentos protocolados. Parte das solicitações de depoimentos foi rejeitada pela maioria dos parlamentares, como a do ministro da Justiça, Flávio Dino; de Gonçalves Dias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); e de Saulo Moreira da Cunha, ex-diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A CPMI também retirou de pauta o requerimento que previa o depoimento do secretário-executivo da Justiça, Ricardo Cappelli.