O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, recebeu em 2024 uma doação polpuda de um ex-ministro do general Ernesto Geisel, o quarto presidente da ditadura militar brasileira (1974-1979).
Em setembro, a sigla recebeu três doações do banqueiro Ângelo Calmon de Sá, ex-controlador do Banco Econômico e ex-ministro da Indústria e Comércio entre 1977 e 1979, durante o governo Geisel.
No total, o banqueiro doou R$ 300 mil, segundo a prestação de contas do PL ao TSE. Os valores foram declaradas como “doações para manutenção do partido”, feita por pessoa física.
Ex-ministro também atuou no governo Collor
Além de integrar o governo militar, Calmon de Sá foi ministro do Desenvolvimento Regional em 1992, durante o governo de Collor. Após deixar o cargo, o banqueiro voltou para o Banco Econômico.
Em 1995, o Banco Econômico, controlado por Calmon, sofreu uma intervenção do Banco Central. A instituição acabou tendo suas atividades suspensas e foi incorporado ao Banco Excel.
Segundo a prestação de contas do PL, a sigla arrecadou R$ 166,6 milhões em 2024 até agora. A maior fatia, cerca de R$ 160 milhões, vem do fundo partidário, distribuído pelo TSE de acordo com a bancada das siglas no Congresso.