Quase um ano após primeiro show do grupo em Salvador, Katia, Simone e Suzete retornam com o Fat Family, fenômeno dos anos 2000, em um formato de apresentação especial. Dono de hits como ‘Jeito Sexy’ e ‘Fim de Tarde’, o grupo conhecido por sua ousadia e a famosa ‘dancinha do pescoço’ apresentará o show ‘Fat Family canta Tim Maia’ neste domingo (10), no festival Afropunk Brasil.
Ao Bahia Notícias, a banda, que atualmente atende no formato reduzido, explicou que o show no Afropunk virá como uma maneira de dar um novo ‘olá’ aos baianos, e que Fat Family já planeja um novo retorno à cidade durante o período de Carnaval. A apresentação neste domingo seguirá o repertório de Tim Maia, voz atemporal da música brasileira.
“A gente precisava de um projeto bacana, fresquinho e inédito… então a gente passeou por várias cantoras que todo mundo faz e a gente queria trazer, dentro do nosso cenário, uma referência que tivesse tido uma participação na nossa infância, nossa juventude”, explicou Suzete Cipriano.
O grupo retornou aos palcos em 2023 após quatro anos em pausa devido à perda de um de seus membros, a Deise. Ao site, Suzete contou que se reencontrar enquanto Fat Family tem sido difícil após a perda da irmã. “Ela sempre foi muito persistente em tudo que ela fazia e ela foi o nosso exemplo ali, porque ela foi a que se encontrou nos palcos primeiro que todo mundo que tava envolvido na música”, compartilhou.
“Ela cantava, era profissional e, quando ela partiu, realmente a gente ficou um pouco perdida, um pouco desanimada, um pouco desmotivada, por ela ser a pioneira. E depois, quando ela foi embora, quando ela morreu… ela fez o último show no limite, tava na cadeira de roda. Ela foi até o limite, onde ela conseguiu chegar e aí, depois, quando nós enterramos, a gente acabou enterrando o Fat Family”, completou Suzete.
Inicialmente, o grupo era composto por Celinho, Katia, Suzete, Sueli, Deise, que faleceu em 2019, Sidney, que faleceu em 2011, e Celinha. Fat Family surgiu em Sorocaba, em São Paulo, em 1996 e teve seu primeiro sucesso com a canção “Jeito Sexy”, em 1998. A música era uma versão da música da cantora jamaicana Diana King, ‘Shy Guy’.
“A nossa referência é todinha de lá [dos Estados Unidos], pelo fato de ter a harmonização de vozes. Aí quando a gente lançou realmente, a gente veio sim quebrando esse padrão da música, do corpo, do preto gordo ali na telinha, das canções diferentes, da dancinha no pescoço. E o que acontece aqui no Brasil… a gente tem essa dificuldade”, compartilhou Suzete.
Filhas de mãe baiana, as três cantoras possuem uma conexão especial com o público do estado. “Tá no sangue. Quando começa aquele batuque ninguém fica parado, então a gente tem Salvador aqui no coração, aquela quebradeira”, descreveu Simone. “A Bahia sempre nos recebeu com muito carinho com aquela coisa quente de baiano”, acrescentou Kátia.
Apesar de terem retornado aos palcos com a proposta de comemorar, em turnê, os 25 anos de existência do grupo, Suzete comentou sobre os planos de trazer trabalhos inéditos no atual formato do Fat Family a pedido dos fãs.
“A gente tem muitas ideias para trazer, porque os fãs têm essa expectativa. Porque não é sobre nós, é sobre eles. Então eles que estão direcionando a gente e dentro das redes sociais a gente tem visto a galera dando ideia, a galera pedindo ‘Ah, vocês têm que gravar tal música’, ‘vocês têm que dividir o palco com alguém’”, contou Suzete.
Confira a entrevista completa: