O Departamento de Justiça dos Estados Unidos, em Washington, aceitou o pedido da Polícia Federal (PF) para colaboração internacional para investigar o esquema de venda de joias entregues ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em viagens oficiais. A informação foi divulgada pelo jornalista César Tralli, da TV Globo, e confirmada pelo Metrópoles.
A PF havia solicitado as quebras de sigilo bancário do ex-presidente, de Mauro Cesar Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e do general Mauro Cesar Lourena Cid, pai de Cid, no exterior.
Com a autorização, o FBI (Departamento de Investigação Federal, na tradução livre) irá auxiliar nas investigações brasileiras sobre diversos crimes, como lavagem de dinheiro, ocultação de valores, apropriação indevida e falso testemunho.
Além disso, uma equipe da Polícia Federal poderá acompanhar diligências solicitadas em território norte-americano, em especial em joalherias na Flórida, Nova York e na Pensilvânia.
O esquema de venda ilegal de joias e relógios no exterior envolve pessoas próximas ao ex-presidente. A apuração indica, por exemplo, que Lourena Cid e Mauro Cid teriam negociado itens de luxo com joelheiras nos Estados Unidos.
Mauro Cid foi preso em maio deste ano por falsificação nos cartões de vacina de Bolsonaro e da filha dele, Laura, menor de idade. Desde então, o ex-ajudante de ordens tem colaborado com a PF em outras investigações, como é o caso da venda de joias.