A Real Federação de Futebol da Espanha veio a público nesta quinta-feira (15) para negar acusações feitas por um ex-funcionário. A entidade é acusada de usar seus recursos para bancar festas particulares com a presença de “jovens mulheres” e também de contratar um detetive para investigar o chefe do sindicato dos jogadores.
As acusações foram feitas por Juan Rubiales, tio e ex-chefe de gabinete de Luis Rubiales, atual presidente da federação e um dos vice-presidentes da Uefa. Ele fez a denúncia ao Ministério Público espanhol em abril, três meses antes de ser demitido da entidade. Nesta quinta, Juan deu mais detalhes sobre suas denúncias ao jornal espanhol El Mundo.
De acordo com Juan, a federação pagou por uma festa privada, com “jovens mulheres”, numa propriedade alugada. O jornal também afirmou que o ex-funcionário revelou que a entidade usou seus recursos para contratar um detetive para levantar informações sobre o chefe do sindicato dos atletas.
Em resposta, a federação afirmou que a alegada festa era apenas uma “reunião de trabalho”, que incluía o próprio Juan Rubiales, e que os próprios integrantes da reunião bancaram os custos, sem usar recursos da entidade. “Nem naquele dia e nem em outro momento foi gasto um euro sequer para questões não relacionadas à gestão da federação”.
A Real Federação de Futebol da Espanha disse “lamentar profundamente” as denúncias do ex-funcionário e destacou que o tio do presidente da entidade não apresentou provas ou evidências em suas acusações. “Apesar da gravidade dos supostos fatos, Juan Rubiales não entregou uma prova sequer aos procuradores e nem à Justiça para sustentar suas acusações.”
Uma das principais lideranças do futebol europeu nos últimos anos, Luis Rubiales é um dos vices da Uefa e lidera a candidatura conjunta entre Espanha e Portugal para tentar sediar a Copa do Mundo de 2030.